Guimarães foi escolhida para acolher o polo português da Confederação Europeia de Laboratórios de Investigação em Inteligência Artificial (CAIRNE), uma rede que reúne mais de 27 mil membros de 487 instituições de 39 países.

O polo nacional está instalado no campus de Couros da Universidade do Minho e é coordenado por Paulo Novais, professor catedrático e responsável pelo Laboratório Associado em Sistemas Inteligentes (LASI) — o maior do país, com mais de 500 cientistas de 13 centros de I&D de sete instituições de ensino superior. O investigador Manuel Rodrigues, do Centro ALGORITMI, assume o papel de contacto nacional do “CAIRNE | Guimarães”.

A criação do polo foi anunciada durante o II Encontro Anual do LASI, em Coimbra, e representa uma parte significativa da comunidade portuguesa dedicada à IA. Integram esta rede várias unidades de investigação das universidades Nova de Lisboa (CTS, UNIDEMI), de Coimbra (CIBIT, CISUC), de Aveiro (IEETA, TEMA), do Porto (LIACC, CMUP) e do Minho (ALGORITMI, IPC), bem como dos politécnicos do Porto (GECAD, CISTER) e do Cávado e Ave (2Ai), entre outras instituições parceiras.

“Este é um passo decisivo para Portugal consolidar o seu ecossistema e afirmar-se como um ator internacional relevante na IA”, afirmou Paulo Novais. Segundo o docente da Escola de Engenharia da UMinho, “a rede europeia reconhece o percurso intenso do país neste setor e permitirá acelerar a cooperação entre universidades, empresas e entidades públicas, atraindo visibilidade, investimento e projetos inovadores, sempre com base na ética e na confiança”. Fundada em 2018 e sediada em Haia, nos Países Baixos, a CAIRNE é uma associação sem fins lucrativos que reúne polos em Bruxelas, Oslo, Paris, Praga, Roma, Zurique, Saarbrücken e, agora, em Guimarães.