A apresentação oficial do festival decorreu na tarde desta quinta-feira, com a presença do Vereador da Cultura, Miguel Oliveira, de Bruno Leite, representante da Sociedade Musical de Guimarães, e do maestro Vítor Matos, da Orquestra de Guimarães. Na conferência de imprensa, Miguel Oliveira destacou a importância da descentralização cultural e do envolvimento ativo da comunidade, valorizando o contributo das associações locais e do Município na construção de um evento que já deixou marca na identidade cultural vimaranense.

Com uma abordagem que rompe com os limites tradicionais da sala de concertos, o Guimarães Allegro aposta na ocupação do espaço público e na democratização do acesso à música clássica. Ao longo de três dias, a cidade transforma-se num grande palco, com concertos em locais inesperados, onde o património serve de cenário a experiências musicais imersivas. “A música tem um poder transformador, sobretudo em tempos de crise”, sublinhou Miguel Oliveira, realçando a capacidade unificadora e inspiradora da cultura.

Fiel às suas linhas orientadoras desde a primeira edição, o festival volta a cruzar linguagens e estéticas, apostando este ano na fusão da música erudita com géneros como o fado e o tecno. A programação propõe uma viagem sonora que reúne nomes consagrados do panorama musical português, bem como jovens músicos e agrupamentos locais com carreiras em ascensão e já reconhecidas no meio artístico.

Ao longo dos últimos dez anos, o Guimarães Allegro construiu uma identidade própria, desafiando preconceitos e demonstrando que a música erudita tem público — e merece estar ao alcance de todos. A ocupação criativa do espaço urbano e a aposta na diversidade artística são hoje marcas distintivas de um festival que continua a surpreender e a encantar.

Para esta edição comemorativa, está garantida uma curadoria cuidada que pretende proporcionar ao público experiências inesquecíveis, redescobrindo os recantos da cidade através da música. O Guimarães Allegro celebra, assim, uma década de inovação, inclusão e paixão pela arte, reafirmando o papel central que Guimarães ocupa no panorama musical português.