GUIMARÃES, CIDADE NATAL E O COMÉRCIO
Por Paulo Lopes Silva.
por Paulo Lopes Silva
A Câmara Municipal de Guimarães apresentou, esta semana, a “Guimarães, Cidade Natal”. Um projeto que apresenta uma oferta diferenciada da realidade “natalícia” que é abraçada neste período do ano por tantos outros Municípios. Uma distinção conseguida através da cultura e do património.
A atratividade de Guimarães, nos mais diversos períodos do ano, pauta-se pela oferta cultural abrangente e por um património histórico valorizado e inscrito na lista da UNESCO. Programas como o que acaba de ser apresentado, mas que segue um pensamento que atravessa todo o ano, relaciona estes dois aspetos marcantes de Guimarães, aliando-os a um forte sentido de pertença. A Cidade Berço é a Cidade Natal.
Estes projetos, como outros mais massificados, que levam milhares de pessoas às ruas de Guimarães, contribuem significativamente para a dinâmica quotidiana da cidade, para a circulação de vimaranenses e visitantes pelas ruas e para a afirmação do território no panorama nacional.
A “Guimarães, Cidade Natal” tem a capacidade de juntar todos estes elementos. Iluminações e Mercado de Natal, animação itinerante para todas as idades, com especial enfoque nos mais novos, nas principais ruas da cidade contribuem para o aspeto da dinâmica de quotidiano.
A Passagem de Ano funciona como evento de entretenimento para as massas, em três praças do Centro Histórico. Concertos de Natal e Ano Novo dão um forte cunho cultural com a Orquestra de Guimarães e Orquestra do Norte a figurarem num cartaz quem tem Gospel e Grupos Corais vimaranenses nas igrejas do centro da cidade.
A felicidade de Guimarães estar inscrita na Lista de Património Cultural da UNESCO desde 13 de dezembro de 2001 possibilita que a comemoração do Património se alie à programação natalícia, com Paragens ilustradas pela BIG ou um concerto de Vitorino de Almeida no sopé da Colina Sagrada.
É um programa que leva as pessoas à rua, celebra a época festiva, sem nunca perder de vista aquilo que nos distingue no resto dos dias do ano.
Em semanas que, por iniciativa do Presidente da Câmara, Domingos Bragança, se tem debatido o estado do nosso comércio local, este é um projeto que, através de políticas municipais, gera oportunidades, cria ambiente e favorece o usufruto dos negócios de rua do centro da cidade.
Dir-me-ão que não é com festas e oferta cultural que se resolvem os problemas de algum comércio tradicional. E eu concordo. Mas é um contributo público para uma necessidade privada, que muito valoriza a dinâmica citadina.
Tudo o resto dividir-se-á em duas ordens principais de razão: iniciativa privada e políticas públicas que favoreçam de forma mais permanente a dimensão comercial e a vitalidade das ruas do coração da cidade.
À iniciativa privada, o que dela é. E não há Natal ou outras soluções que salvem se a dinâmica que este setor já soube imprimir de forma coletiva e colaborativa no passado, não for capaz de ser retomada. Se a isto se juntarem outras iniciativas privadas de maior monta, que funcionem como âncora para as de menor dimensão, tanto melhor.
Às soluções mais permanentes, os passos estão aí e à vista de olhos. Estacionamento de proximidade construído, uma linha de transportes que sofrerá uma revolução na próxima concessão que já corre os seus procedimentos e a crescente criação de condições de conforto para quem procure os negócios de rua como alternativa para as suas compras.
Não se espere da iniciativa pública, aquilo que cabe à iniciativa privada. E não dramatizemos em excesso no caso de um tecido que, mais do que a definhar, se tem vindo a transformar. Em Guimarães, em Portugal e no Mundo.
As soluções de caracter mais permanente vão seguindo o seu caminho, mas a atratividade pela dinâmica cultural e pela valorização do Património estão à vista de todos há vários anos. Este Natal, promete não ser diferente.
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