O programa “Guimarães, Cidade Natal” foi apresentado esta segunda-feira, 21 de dezembro, em conferência de imprensa. A partir de dia 1 de dezembro, a cidade-berço transforma-se e ganha “a magia” do Natal.

É já no primeiro dia de dezembro que Guimarães inaugura as iluminações de Natal, a casa do Pai Natal e o Mercado de Natal. A Parada Natalícia, às 17h00, é o primeiro presente a ser aberto nesta quadra natalícia e será repetida no dia 24 de dezembro, às 10h00.

Dinamizar a cidade e disponilizar atividades numa época que “muito diz a todas as pessoas” são dois dos objetivos da Câmara Municipal. “Houve preocupação, desde o primeiro momento, em fazê-lo de forma envolvente e para dinamizar todas as vertentes do centro da cidade para que Guimarães, ao longo deste período, possa ter uma atividade e uma animação permanente, que torne as ruas e o espaço público mais apelativo”, explicou Paulo Lopes Silva, vereador da cultura e do turismo.

O Toural terá ainda um outro conjunto de elementos que trazem uma maior atratividade, com diversões e um carrossel “clássico nas cidades francesas”.

A experiência do Teatro Coelima na organização do programa de Natal da vila de Pevidém e do carnaval levou a que o município confiasse na associação para “Guimarães, Cidade Natal”. A Associação Sol no Miral – Teatro Coelima terá, assim, a seu cargo, a animação de rua e a Casa do Pai Natal, que “já no último ano foi um grande sucesso para as famílias e para as crianças”. Uma experiência que Paulo Lopes Silva vê como positiva uma vez que, “através deste programa, têm também a oportunidade de se capacitar e alavancar a sua atividade, tornando-se cada vez mais preparada para uma resposta para a cidade e não só”.

Município quer espaços “apelativos e confortáveis”

Até dia 24 de dezembro, o largo Condessa do Juncal recebe, pela primeira vez, o Mercado de Natal. Depois de várias experiências na alameda de S. Dâmaso, a Câmara chegou à conclusão de que “as condições climatéricas nem sempre permitiam que o mercado estivesse a ser usufruido pelas pessoas e que a animação pudesse acontecer nos modos que estava prevista”, referiu Paulo Lopes Silva. Em 2019, cerca de 60% das atividades tiveram que ser suspensas ou canceladas.

Foi neste sentido que a organização preparou, este ano, “as condições necessárias para que todo o programa possa ser concretizado e as pessoas possam usufruir de forma confortável desse Mercado de Natal e da animação no largo Condessa do Juncal, com cobertura, palco e todas as condições para que o espaço seja apelativo e confortável”.

O objetivo passa, também, por “olhar para o largo Condessa do Juncal, como uma das praças mais bonitas e atrativas do centro histórico, mas que não teve, ao longo dos últimos anos, o mesmo tipo de aposta e de atividade que o largo da Oliveira ou a praça de Santiago têm tido”.

Tal já havia sido anunciado, o trânsito estará condicionado nas vias principais que fazem o eixo entre a alameda e o Toural e nas ruas comerciais da cidade. O vereador frisou que, para isso, foi preparado “um programa de animação de rua que permite que as ruas, apesar de estarem condicionadas ao trânsito, estejam usufruidas do ponto de vista pedonal e ciclável e com atividades paralelas”.

Este programa foi preparado, explicou Paulo Lopes Silva, “com a preocupação de acautelar tudo aquilo que constrói uma cidade e as cidades são construídas pela animação do espaço público, pela qualidade, pela forma como usufruimos do espaço, pela dinamização do comércio, pela segurança, e pela garantia de que quem visita Guimarães nesta altura do ano encontra – além da cidade histórica, patrimonial e cultural que Guimarães é ao longo de todo o ano – uma cidade que está de braços abertos para receber e para que as pessoas sintam essa magia que o Natal traz”.

Opção foi trazer concertos e espetáculos para o espaço público

Com a certeza de que “a magia do Natal e esta atratividade do espaço público é algo que valorizamos muito”, Paulo Lopes Silva lembrou que houve a preocupação em “trazer todas as pessoas do nosso concelho e não só do centro da cidade ao centro”.

A prioridade é dinamizar o centro da cidade para que todo o concelho se possa focar na sala de visitas e no centro histórico, “até porque, do ponto de vista turístico, pela sazonalidade, este é um período em que estamos em maior baixa comparativamente com o período anterior”.

A opção foi, por isso, ter menos concertos e espetáculos em salas fechadas e trazê-los para o espaço público. Se a meteorologia não ajudar, explicou o vereador, o condicionamento de trânsito será levantado “para que a cidade não esteja condicionada por algo que não está a acontecer”.

Do programa fazem ainda parte ainda algumas atividades paralelas, nomeadamente as Jornadas do Grande Órgão Histórico da Colegiada da Nossa Senhora da Oliveira, a Festa Intergeracional no Multiusos de Guimarães e o espetáculo musical “Uma Espécie de Coisa”, agendado para o dia 21 de dezembro, no Centro Cultural Vila Flor, e que assinala o encerramento dos 10 anos da Capital Europeia da Cultura.