Guimarães poderá acolher novo centro de investigação ambiental junto à Universidade do Minho

Domingos Bragança avançou a ideia de criar estrutura nacional dedicada à ação climática e sustentabilidade.

© Eliseu Sampaio / Mais Guimarães

Guimarães poderá vir a ter um novo centro de investigação ambiental, a instalar junto à Universidade do Minho. A ideia foi apresentada por Domingos Bragança esta quarta-feira, 22 de outubro, durante a cerimónia de apresentação da identidade visual da Capital Verde Europeia 2025, no Laboratório da Paisagem.

Na reta final do seu discurso, ainda como presidente em funções, o autarca revelou um projeto que descreveu como estando “em fase embrionária”, mas que poderá tornar-se uma das heranças estruturais do título europeu. “Queremos perpetuar o legado da Capital Verde com uma estrutura física, um centro nacional de ação climática e ambiente, a partir de Guimarães”, afirmou.

Segundo Bragança, o futuro equipamento poderá nascer numa área próxima do campus de Azurém, em terrenos já identificados, com o objetivo de acolher projetos de investigação aplicada, inovação empresarial e cooperação científica. “O Laboratório da Paisagem foi o ponto de partida; este novo centro será o passo seguinte”, referiu.

A autarquia está, de acordo com o presidente cessante, em diálogo com o Ministério do Ambiente, a Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte (CCDR-N) e várias entidades empresariais, com vista à captação de financiamento europeu e privado. “Guimarães tem de continuar a ser o espaço onde se pensa e se experimenta a sustentabilidade”, sublinhou, acrescentando que a nova estrutura representaria “a continuidade de um percurso que começou há mais de uma década”.

“Um legado de consciência ambiental”

Durante a sua intervenção, Bragança refletiu sobre o significado simbólico e científico do título de Capital Verde Europeia, destacando que “ser Capital Verde não é um fim, mas um caminho coletivo e exigente”.

“O reconhecimento europeu é apenas um marco de um processo que não termina em 2026. O nosso desígnio é ser uma cidade de um só planeta, uma cidade que vive em equilíbrio com a Terra e que inspira outras a fazê-lo”, acrescentou.

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