“Guimarães Space Hub”: Projeto de 10 a 12 milhões para estar pronto em 2027
A assinatura dos protocolos para a criação do "Guimarães Space Hub" realizou-se nesta terça-feira, dia 05 de março, entre a Câmara Municipal de Guimarães, a Universidade do Minho e o Centro de Engenharia e Desenvolvimento de Produto (CEiiA).
![© Leonardo Pereira/ Mais Guimarães](https://maisguimaraes.pt/wp-content/uploads/2024/03/protocolo-space-hub.jpg)
O “Guimarães Space Hub” será instalado na Fábrica do Arquinho, na zona de Couros, e contará com um investimento de 10 a 12 milhões de euros, avança Domingos Bragança, presidente do município de Guimarães. O edil espera ainda lançar a obra a concurso no primeiro semestre deste ano. O polo tecnológico deverá estar pronto daqui a três anos aponta Rui Vieira de Castro, reitor da Universidade do Minho.
A celebração dos protocolos e da apresentação do “Space Hub” realizou-se no Teatro Jordão, durante a tarde desta terça-feira. A sessão contou com a presença e intervenção de Domingos Bragança, António Cunha, presidente da CCDR-N, Ricardo Conde, presidente da Agência Espacial Portuguesa, Rui Vieira de Castro e Pedro Arezes, presidente da Escola de Engenharia da Universidade do Minho.
O reitor da Universidade do Minho espera que o “Guimarães Space Hub” esteja em funcionamento daqui a três anos e enaltece a assinatura deste protocolo, que “é de grande para a universidade. A formalização dos protocolos deste “Space Hub” traduz um compromisso forte destas entidades e a criação de condições novas para prosseguir o nosso caminho e fazê-lo com mais competências.”
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© Leonardo Pereira/ Mais Guimarães
Rui Vieira de Castro recordou que o curso de Engenharia Aeroespacial na instituição minhota foi a que teve a melhor nota a nível nacional: “Começamos a desenvolver de uma forma mais decisiva a atividade na área aeroespacial sob forma de grau há dois anos e teve condições para se afirmar. O curso de aeroespacial foi o mais alto a nível nacional”, acrescentou.
O dirigente da academia ainda destaca que a aposta da academia foi feita, além da vertente académica, para “proporcionar a afirmação de novas áreas na economia da região.” Rui Vieira de Castro lembrou o lançamento do satélite MH-1 e referiu que a instituição “está em condições sofisticadas para atribuir maior substância ao projeto da Fábrica do Arquinho”.
Para Domingos Bragança, presidente da Câmara Municipal de Guimarães, o momento de formalização dos protocolos com a Universidade do Minho e o Centro de Engenharia e Desenvolvimento de Produto (CEiiA) “é muito importante para a afirmação de Guimarães no setor aeroespacial na vertente cientifica, da indústria e dos serviços. O “Space Hub” serve para continuarmos esse caminho alicerçado para trazemos para Guimarães empresas que operam mundialmente através da CEiiA e da Universidade do Minho.”
De acordo com o edil, o polo tecnológico terá um investimento entre 10 a 12 milhões de euros: “O projeto está a ser validado pelas diversas entidades e espero lançá-lo a concurso neste primeiro semestre. É um orçamento que aponta aos 10 a 12 milhões de euros. Espero que ainda seja financiado pelo PRR e senão for pelo PRR, espero que seja pelo Portugal 2030. Não está fechado mas está o compromisso assumido com a Universidade do Minho e o CEiiA”, frisou Domingos Bragança.
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© Leonardo Pereira/ Mais Guimarães
O presidente da Câmara Municipal de Guimarães espera ainda poder haver um satélite made in Guimarães e acrescenta que a instalação do “Guimarães Space Hub” visa construir um “caminho sustentável de empregos qualificados para empregar jovens para que a cidade se afirme na área aeroespacial.”
António Cunha, presidente da CCDR-N, enalteceu que “a melhor maneira de antecipar o futuro é construí-lo”, recordando satélite português que foi lançado nesta segunda-feira, dia 02 de março. Aponta ainda que “Guimarães é uma cidade muito interessante para estas apostas, é um coração muito antigo e com a sua história presente nas pedras da cidade.”
O dirigente da CCDR-N considera também que Guimarães “soube agarrar bem um compromisso” com o setor aeroespacial, para que fosse possível a assinatura dos protocolos para “a existência de uma escola e de alunos de grande potencial, o que permite sonhar mais alto e perceber que Portugal tem material para construir esse futuro.”
A sessão contou também com a presença de Ricardo Conde, presidente da Agência Espacial Portuguesa, que abordou a ascensão de Portugal na área aeroespacial, apontando que “Portugal não podia fazer este trajeto sozinho, mas sim com participação em projetos internacionais.”
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© Leonardo Pereira/ Mais Guimarães
Ricardo Conde ainda destacou que Portugal “se modificou imenso nos últimos 20 anos e em particular no domínio aeroespacial. Atualmente tem um ecossistema vibrante e esta num caminho crítico da missões mais formidáveis no contexto europeu. Portugal tem uma palavra a dizer nesta área, é um país pequeno com recursos limitados e hoje sentimo-nos mais enriquecidos porque temos a sensação que estamos no sentido certo.”
Ricardo Conde finalizou ao frisar que “o espaço ainda é muito ancorado no apoio público e temos de ter capacidade de repartir o investimento público e privado, transformando isso em economia.”
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