HIGIENE PRECISA-SE DR. BRAGANÇA!

RUI ARMINDO FREITAS Economista

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por RUI ARMINDO FREITAS
Economista

Esta semana, viemos a tomar conhecimento, pelas páginas deste jornal, que teria sido cometida uma grave violação das regras mais elementares da seriedade, ética, deontologia, mas acima de tudo de regras formais do funcionamento da autarquia, por parte de um técnico da Câmara Municipal, ainda mais que se trataria de um técnico com acrescida responsabilidade política, por ter sido cooptado pelo próprio presidente de Câmara e pelo vereador Ricardo Costa, chefe da Divisão de Desenvolvimento Económico, única Divisão criada especificamente por Domingos Bragança.

Foi noticiado então que o arquitecto Filipe Vilas Boas, que este mandato passou a chefiar a já referida divisão seria o protagonista destes acontecimentos. Ora, como agente político, sobre a questão de seriedade e ética, não me cabe analisar. Sobre a questão deontológica, apressou-se a devida ordem profissional, a dos arquitectos, a clarificar e esclarecer que tais actos não se coadunam com os preceitos da mesma, e qualquer questão desse foro por esta será tratada.

Sobre a violação de procedimentos administrativos, apenas se especula que foi suspenso o dito técnico e que foi instaurado um processo, curiosamente esta comunicação foi feita por um órgão de comunicação muito próximo do presidente da câmara, o Guimarães Digital, e afirmo isto porque nem o departamento de comunicação da CMG teve acesso a esta informação, em virtude de, sobre tão grave facto, nada ter comunicado aos munícipes. Contudo há um campo, que esse sim, enquanto munícipe, e também com funções em órgãos autárquicos, é urgente esclarecer, isto é, há que assacar responsabilidades políticas. O vereador Ricardo Costa, que teria todos estes anos sob sua responsabilidade a Divisão de Desenvolvimento Económico tem que esclarecer se tinha ou não conhecimento destes ilícitos. Apesar de ser difícil acreditar que de nada soubesse, num processo tão propalado como o da Ecoibéria, ainda mais com um técnico com quem tem uma forte ligação publicamente conhecida, esse cenário pode ser possível e deverá, o próprio, ser o principal interessado no seu esclarecimento. Mais, Domingos Bragança nada tem dito sobre a matéria, todos os órgãos de comunicação social que têm noticiado o episódio, em relação a este apenas têm dito que apesar dos insistentes pedidos de esclarecimentos, não têm tido sorte em obter esclarecimentos da sua parte.

Estamos a falar de ocorrências graves, algumas delas deverão ser alvo de investigação por parte do Ministério Público, e o que fazem os responsáveis políticos? Remetem-se a um silêncio ensurdecedor, que começa a cheirar mal… Que mostra que, numa situação em que o líder, no caso Domingos Bragança, deve esclarecer, este se esconde… São factos graves sob a sua alçada e sob alçada de um dos seus vereadores mais directos. E passados tantos dias, a não ser que se assuma que o Grupo Santiago tenha alguma espécie de autoridade em matéria de comunicação autárquica, nada foi dito. A saída mais fácil, pensarão eles, será deixar o técnico ser responsabilizado sozinho, o que diz muito de quem ainda nos governa. Assobiar para o lado sem dar qualquer esclarecimento aos munícipes é enlamear a CMG e todos que lá trabalham. É a prova de uma câmara à deriva sem timoneiro, e sem ninguém que assuma que tudo o que lá se passa tem um responsável último, o seu presidente.

Em nome da higiene política de Guimarães, é bom que comecem a falar!

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