Economia Inovação & Fábrica do Futuro
Hospital já recebeu equipamentos das doações e “tem meios para tratar adequadamente os doentes”

Henrique Capelas, presidente do Conselho de Administração do Hospital Senhora da Oliveira, nega as acusações de que o material terá sido "desviado" para Lisboa e garante que algum desse mesmo material já chegou à unidade de saúde.

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Henrique Capelas, presidente do Conselho de Administração do Hospital Senhora da Oliveira, nega as acusações de que o material terá sido “desviado” para Lisboa e garante que algum desse mesmo material já chegou à unidade de saúde.

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O presidente do Conselho de Administração do Hospital Senhora da Oliveira, Henrique Capelas, nega a notícia avançada pelo Porto Canal esta sexta-feira, que anunciava que o material que foi doado ao Hospital de Guimarães teria sido desviado para a região da Grande Lisboa. A mesma reportagem anunciava que as ofertas já tinham sido feitas há quase dois meses e que, até agora, nada tinha sido entregue à unidade de saúde.

Ao Mais Guimarães, Henrique Capelas diz ser impossível “esclarecer uma coisa que é mentira”.  O responsável máximo da unidade de saúde diz entender que haja “alguma ansiedade”, por parte das pessoas que oferecem, os mecenas, “a quem nunca é demais agradecer”, de que os materiais cheguem. Henrique Capelas assegura que as doações que foram disponibilizadas por esses empresários, empresas e instituições serão totalmente aplicadas em Guimarães.  “Alguns equipamentos até já nos chegaram há 8 dias ou 10 dias, como 10 ventiladores. Há três ou quatro dias, ligaram-me a avisar que vinham a caminho mais três ventiladores. Estamos constantemente a receber equipamentos”, garante.

O presidente do Conselho de Administração do Hospital Senhora da Oliveira explica que, as doações, que são monetárias e atingem cerca de meio milhão de euros, não contemplam apenas ventiladores, mas também equipamentos como monitores ou bombas perfusoras. “Ainda há oito dias recebemos 17 monitores”, conta. O responsável recorda que “o ideal seria encomendarmos e estar aqui tudo amanhã. Mas o ideal não existe”. “É do conhecimento público das necessidades por todo mundo. As fábricas estão a dar o seu máximo a fabricar e vão fornecendo à medida das dificuldades”, aponta.

O responsável recorda ainda que “normalmente, os empresários não têm acesso para ir comprar diretamente um ventilador, por exemplo”. “Nós encomendamos e depois vamos comunicado aos empresários para irem pagando à medida que chegam. O ideal seria que chegasse de uma vez, mas infelizmente não é possível”, avisa.

O Hospital aguarda, por isso, “confiante” pelo material que tem encomendado. “Não só desse tipo de material, mas essencialmente dos equipamentos de proteção individual, como máscaras. É também um equipamento que consumimos muito, mas felizmente o fornecimento tem chegado de uma forma que nos permite estar confortáveis no tratamento dos nossos doentes”, frisa.

O líder máximo da unidade de saúde assegura que as encomendas de material têm decorrido a um ritmo que deixa o Hospital “confortável” para tratar os casos de Covid-19 que ocorrem na nossa região. “Queremos deixar uma mensagem de serenidade às populações. O Hospital tem meios, felizmente, para tratar adequadamente os nossos doentes. Aumentamos a capacidade nos Cuidados Intensivos para os doentes Covid-19, que está longe de estar esgotada. Felizmente estamos preparados, se um agravamento houvesse, para dar resposta a todas estas situações”, garante.

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