Hugo Ribeiro questiona município: “O supercomputador ainda vem para Guimarães?”

Na última reunião de Câmara, Hugo Ribeiro, vereador eleito pela coligação Juntos por Guimarães (JpG) lembrou que, no início de 2021 foi anunciado que o supercomputador estaria operacional em 2022. Agora, em 2033, questionou como está o estado de instalação e se ainda vem para Guimarães.

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Na última reunião de Câmara, Hugo Ribeiro, vereador eleito pela coligação Juntos por Guimarães (JpG) lembrou que, no início de 2021 foi anunciado que o supercomputador estaria operacional em 2022. Agora, em 2033, questionou como está o estado de instalação e se ainda vem para Guimarães.

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“Estamos a demorar muito tempo na implementação de projetos que são determinantes para o futuro de Guimarães e de Portugal, no que diz respeito à transformação para a economia digital”, frisou o vereador da JpG que acredita que é necessário “ser mais célere na persecução dos objetivos que estão plasmados no plano de ação no gabinete de crise e transição económica”.

Neste sentido, referiu a questão do supercomputador “para que este não seja somente um equipamento de proclamação e afirmação política, mas seja um equipamento de afirmação de Guimarães e de Portugal no contexto do posicionamento da supercomputação a nível europeu”. Na sua opinião, o município deve informar para que todos possam estar mais acompanhados deste processo que considera “determinante”.

A supercomputação está em Guimarães, para já, na Universidade do Minho. “Não está em causa a supercomputação”, fez questão de responder Domingos Bragança que explicou que “o supercomputador está adquirido e está a ser instalado, enquanto as obras do Ave Park não estão feitas, nas instalações em Azurém”.

A questão que se coloca é se o equipamento irá ficar na Universidade do Minho ou se as obras de reabilitação do edifício do Ave Park, adquirido pela autarquia, são para continuar para o instalar lá. “A vantagem do Ave Park é que tem um condomínio de produção de energia”, justificou o presidente da Câmara. Ali, adiantou, era uma “supercomputação verde: o próprio consumo de energia era produzido no Ave Park”.

Plano de ação do gabinete de crise e transição económica

Falando do futuro do concelho, Hugo Ribeiro lembrou também aquele que foi um plano “para fazer face a um problema que nos afetou a todos, que afetou Portugal e o mundo, a crise sanitária devido à covid 19”, o plano de ação do gabinete de crise e transição económica.

Com o objetivo de fazer face aos problemas imediatos provocados pela covid 19 e trabalhar na digitalização da economia em geral e da indústria em particular, o plano, acredita o social democrata, “está a demorar muito tempo a ser implementado”. De cinco medidas de curto prazo, que estavam assentes para fazer face à covid 19, “não podemos elencar uma que fosse determinante para que este plano fosse profícuo”. O vereador da oposição refere ainda que considera que “apenas uma, o Proximcity, foi materializada e foi um flop”.

No que às medidas que visam a digitalização da economia em geral e da indústria em particular diz respeito, diz que “demoram a ser materializadas”. Sem dúvidas de que “o caminho está a ser seguido”, Hugo Ribeiro crê que “o que está plasmado neste plano é um conjunto de projetos que já existiam antes deste plano”. “Temos que ter a noção da responsabilidade que temos como município e gestores da causa pública para conseguirmos verdadeiramente posicionar Guimarães na senda do desenvolvimento digital que a economia está a carecer”, terminou.

Domingos Bragança acredita ser possível ver “a robustez do investimento em ciência que a Câmara de Guimarães com a UMinho, o IPCA e a Universidade das Nações Unidas está a fazer” e lembrou o caso da Escola Hotel, da Engenharia Aeroespacial, da ciência dos dados e da academia da transformação digital.

“Tudo o que estamos a fazer é para robustecer a economia e empoderar os cidadãos, que é o primeiro foco”, frisou fazendo um apelo: “o bom era que a oposição abraçasse o que Guimarães está a fazer”.

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