Segundo o semanário Expressso, a comissão técnica da vacina não incluiu nos grupos prioritários as pessoas com mais de 75 anos, uma vez que as farmacêuticas produtoras das vacinas e a própria Agência Europeia do Medicamento (EMA) não apresentaram ainda evidência científica da eficácia das vacinas neste grupo.

Os Profissionais de saúde, que estão na primeira linha (que trabalham nos cuidados intensivos e enfermarias onde estão hospitalizados doentes com a doença) também integram o primeiro grupo a ser vacinado.

O Ministério da Saúde veio, entretanto, esclarecer que a estratégia de vacinação contra a covid-19, em preparação pela Direção-Geral da Saúde (DGS), ainda não foi discutida com o Ministério da Saúde nem validada politicamente.

O grupo de trabalho da DGS propõe a vacinação dos idosos em quinto lugar. A prioridade serão os profissionais de saúde e os funcionários de lares. Segundo o Expresso, a proposta foi apresentada pela diretora-geral de Saúde, Graça Freitas, na reunião do Conselho Nacional de Saúde Pública da passada semana.

Depois dos profissionais de saúde e dos funcionários dos lares, aparece nesta lista, a população dos 50 aos 59 anos com fatores de risco, como doentes crónicos, de seguida os portugueses entre os 60 e os 64 anos sem comorbidades. Só depois destes grupos é que aparecem os idosos, a partir dos 65 anos.

Este opção não está em linha com o que preconizam fazer a Espanha e o Reino Unido, onde os idosos residentes em lares e os seus cuidadores estarão entre o primeiro grupo a ser vacinado, seguidos dos profissionais de saúde.

“As informações vindas a público estão incluídas num documento meramente técnico e são parcelares e desatualizadas”, acrescenta a nota do Ministério da Saúde.

Portugal terá acesso a 16 milhões de doses da vacina, que vão permitir inocular 80% da população. Uma vez que, as vacinas que estão nas fases mais adiantadas dos ensaios, preveem a necessidade da administração de duas doses.