O projeto de Nuno Dias Alves foca-se no estudo dos neurónios, que podem estar envolvidos em tarefas de flexibilidade cognitiva distintas. A ideia é, em primeira instância, medir em que condições fisiológicas a serotonina é libertada consoante a tarefa apresentada, passando depois para modelos animais sujeitos a stress.

O investigador  sente que “é um reconhecimento sobre o trabalho que já fiz e me proponho a fazer, mas mais do que um prémio é um estímulo para continuar a levar os projetos e ideias que existem no papel e passá-los para a ação. É, no fundo, um grande incentivo para me manter nesta caminhada científica”.

Sara Calafate recebe o título pelo seu estudo sobre o papel do péptido MCH, responsável pela regulação do sono, na proteção do cérebro contra disfunções neuronais, como as que ocorrem na doença de Alzheimer. A investigadora do ICVS explica que “o que é proposto fazer é verificar de que forma é que o sono regula a homeostase do cérebro através da microglia”.  A investigadora considera “uma honra” o seu estudo ser premiado, o que “dá oportunidade de continuar” com os seus projetos.

A entrega dos prémios realizou-se nesta quinta-feira, dia 16 de novembro, em formato híbrido, e foi presidida pela ministra da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Elvira Fortunato.

Este prémio serve de homenagem a Maria de Sousa, investigadora que desempenhou um papel fundamental no desenvolvimento do sistema científico nacional. Criado pela Ordem dos Médicos e a Fundação Bial em 2021, o título destina-se a apoiar até cinco jovens investigadores científicos portugueses em projetos de investigação na área das Ciências da Saúde.