“Embora tenhamos feito a nossa campanha com esperança, não foi o que esperávamos, porque tínhamos a expectativa de, pelo menos, manter o deputado municipal que tínhamos”, afirmou Joaquim Teixeira. “Lamentavelmente, isso não aconteceu. Só nos resta continuar a semear como começámos a fazer antes desta campanha, porque, como toda a gente sabe, o Bloco de Esquerda está a passar por um momento difícil. Mas, com a juventude que está a juntar-se a nós, vamos ter novamente esperança nas próximas eleições.”

Questionado sobre o caminho a seguir, Teixeira defendeu que o partido deve “continuar a contestar o mau modo de fazer política” e apostar na proximidade com as pessoas. “Chegámos à conclusão de que o melhor é fazermos o nosso trabalho, espalhar as nossas ideias, ir ao encontro das pessoas o mais possível. Os eleitores vão compreender que não é respondendo às provocações da direita, nem com violência ou ódio que resolvemos os problemas do nosso país.”

O candidato bloquista comentou ainda o crescimento da direita no concelho, onde o PSD e o CDS-PP conquistaram o executivo municipal e o partido Chega elegeu um vereador. “Temos de reconhecer que o Partido Socialista estava cansado, sem ideias novas e muito dividido. Isso era público, via-se na imprensa. Por isso, mais do que uma jogada política da direita, este resultado é um autogolo do Partido Socialista”, considerou.

Sobre o futuro mandato autárquico, Joaquim Teixeira mostrou-se prudente: “Sabemos que à direita nunca se espera nada de bom. Vamos ver o que acontece. Não sou muito otimista relativamente a esta nova governação, mas é preciso dar tempo para mostrar trabalho.”

O Bloco de Esquerda de Guimarães deverá reunir nos próximos dias para analisar o resultado eleitoral e definir a estratégia futura.“Isso tem de ser feito. Vamos conversar, analisar o porquê do resultado, que todos já mais ou menos sabemos e, principalmente, decidir o que fazer daqui para a frente, sem representação.”