Jornada pelas memórias de Raul Brandão leva público a “paisagens ciberliterárias”

O CAAA – Centro para os Assuntos da Arte e da Arquitetura, em Guimarães, recebe nos dias 5 e 6 de dezembro uma programação especial dedicada à relação entre literatura, memória e tecnologia, no âmbito da instalação “andam também os mortos”, de d1g1to indivíduo_coletivo.

© DR

A obra, inaugurada há um mês, inspira-se em Memórias II (1925), de Raul Brandão, e apresenta ao público “paisagens ciberliterárias” que exploram novas formas de evocação do escritor que viveu em Nespereira. Estruturada em quatro camadas, mediação, rarefação, iteração e instanciação, a instalação propõe diferentes modos de transformação da lembrança e do legado brandoniano.

Desenvolvido por Diogo Marques e João Santa Cruz, em colaboração com Ana Clara Roberti, o projeto integrou oficinas participativas com a comunidade de Nespereira e com estudantes da Escola Secundária Francisco de Holanda.

Dois dias de debates, cinema e visita guiada

A programação paralela organizada pelo CAAA reúne investigadores, artistas, curadores e admiradores da obra de Raul Brandão para um fim de semana de reflexão e partilha.

No dia 5 de dezembro, entre as 9h30 e as 17h00, a Black Box do CAAA acolhe sessões de comunicações e uma mesa-redonda, promovendo o diálogo entre arquivo, gesto artístico e paisagem viva.

No dia 6 de dezembro, às 11h00, será exibido na Black Box o documentário andam os mortos, também os vivos. A sessão será seguida, das 12h00 às 13h00, de uma visita guiada à instalação ciberliterária, com a presença da realizadora e de participantes das oficinas.

Mais tarde, às 16h00, o documentário volta a ser exibido, desta vez no Auditório da Junta de Freguesia de Nespereira, comunidade que esteve na origem de todo o processo de investigação e criação.

A entrada é gratuita e aberta à comunidade.

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