Liga quer banir pirotecnia dos estádios para tornar o futebol mais seguro e atrativo
O presidente da Liga Portuguesa de Futebol Profissional (LPFP), Reinaldo Teixeira, defendeu a proibição total da pirotecnia nos estádios de futebol, em articulação com as forças de segurança.

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O objetivo, segundo o dirigente, é criar ambientes mais seguros e acolhedores, capazes de atrair mais adeptos e investidores para o futebol português.
“Agora, é nosso desejo da Liga e das sociedades desportivas, que seja banida a pirotecnia. Estamos totalmente disponíveis para, em conjunto com as forças de segurança, encontrarmos e encetarmos os caminhos necessários para que tal aconteça”, afirmou Reinaldo Teixeira.
Com mais de 30 anos de ligação à LPFP, o dirigente recordou tempos em que o ambiente nos estádios era muito mais tenso. “Lembro-me de jogos em que parecia uma coutada”, disse, reconhecendo, contudo, que “atualmente a situação está muito melhor”.
Apesar dos progressos, Reinaldo Teixeira sublinhou que “cerca de 65% das multas pagas pelos clubes da Liga se devem ao mau comportamento dos adeptos, incluindo o uso de pirotecnia”. Para o presidente, eliminar esse tipo de práticas “valoriza a competição, valoriza a modalidade e contribui para se conseguirem mais adeptos no estádio e mais investidores”.
O responsável destacou ainda a importância de promover uma cultura de respeito e empatia entre todos os intervenientes do jogo, jogadores, adeptos e árbitros. “O futebol não é mais do que um momento de diversão. No final, os jogadores estão todos abraçados, e os adeptos têm de ser capazes de respeitar quem venceu e quem perdeu”, afirmou.
Sobre a arbitragem, Reinaldo Teixeira defendeu uma mudança de atitude: “Em todos os jogos há falhanços dos jogadores, e os dirigentes animam-nos para não repetirem. Se tivermos o mesmo comportamento para com a arbitragem, estamos a valorizar o futebol”.
As declarações foram proferidas no último dia da terceira edição do “S4Congresso (Safety, Security, Service, Sports Events)”, evento internacional organizado pela Autoridade para a Prevenção e Combate à Violência no Desporto (APCVD), que decorreu em Viseu sob o lema “Rumo a eventos desportivos mais seguros e acolhedores”.





