Luís Lisboa deixou oficialmente de fazer parte do Bloco de Esquerda de Guimarães.

Apesar de ter encabeçado a lista do partido às eleições autárquicas, com o intuito de ajudar a “construir uma proposta que colocasse as pessoas de Guimarães no centro das políticas locais, respondesse aos mais urgentes problemas municipais, assim como às necessidades das e dos vimaranenses”, Luís Lisboa refere que “esta tornou-se uma decisão inevitável, assente em divergências organizativas e estratégicas, que revelaram ainda divergências ideológicas”.

Em comunicado às redações, refere que encabeçar a lista à Câmara Municipal de Guimarães acabou por ser uma das maiores honras da sua vida e agradeceu a confiança que depositaram em si.

“Com o fim das eleições, terminou a importante intervenção política que estávamos a desenvolver, assim como, deixou de ser possível prosseguir a defesa das propostas e dos compromissos efetuados com as pessoas de Guimarães. Porém, enquanto militante base, tentei participar, propor e continuar a trazer o partido para o espaço público concelhio, mas, não consegui. Aliás, com exceção feita à campanha legislativa, através do Bloco de Esquerda de Guimarães, deixou de me ser possível continuar a fazer intervenção política local”, pode ler-se na mesma nota em que acrescenta que essa foi precisamente a razão pela qual aderiu ao partido.

Luís Lisboa explica ainda que depois de ser candidato apenas pode “continuar a habitual participação cívica diária, o associativismo e o ativismo concelhio pelos direitos humanos”, mas, até nos movimentos sociais locais passou a discordar das estratégias dos camaradas. Assim, acrescenta, “já não estava a fazer sentido pertencer a uma estrutura centralizada, desagregada e inativa, menos sentido passou a fazer militar com quem não promove a total inclusão e pluralidade”.