Luís Pinto:“É futebol e não há muita explicação”

Após o desaire sofrido diante do AFS, Luís Pinto fez uma leitura abrangente do encontro, centrando a análise no rendimento da equipa, na forma como o jogo foi conduzido e nas opções tomadas durante a partida, assumindo o futebol como a explicação maior para o resultado final.

© Vitória SC

“Acontecem estes jogos de vez em quando e isto, infelizmente, por muito que nos custe, é futebol. Não há muita explicação para o que se passou aqui”, afirmou.

O treinador do Vitória SC considerou que a equipa entrou bem no desafio e manteve um desempenho positivo ao longo das duas partes, criando várias situações para marcar. “Conseguimos ter oportunidades para fazer golo e não o fizemos”, sublinhou, reconhecendo que a falta de eficácia acabou por ter peso decisivo no desfecho.

Um dos aspetos destacados foi a quebra de lucidez nos momentos finais. Com o avançar do tempo, a equipa perdeu clareza nas decisões e deixou de conseguir sustentar a criação ofensiva, sobretudo quando seria essencial manter critério para continuar a chegar à baliza adversária.

Luís Pinto abordou ainda a forma como o encontro foi interrompido em diversas ocasiões, esclarecendo que não se tratou de uma crítica direta ao adversário. O recurso a estratégias que quebram o ritmo foi encarado como legítimo, considerando-o “uma arma como outra qualquer”, acrescentando que não critica o AFS por a utilizar. Ainda assim, deixou reparos à condução do jogo, apontando “a forma como o jogo é gerido e o tempo que se perde”.

Nesse contexto, o técnico explicou que cabia à sua equipa manter o controlo emocional. A responsabilidade passava por “não nos exaltarmos, porque o antijogo servia para isso mesmo”, defendendo que o foco deveria estar em “tornar-nos mais capazes de não sermos influenciados por esses momentos do jogo e termos o discernimento”.

Questionado sobre as substituições, Luís Pinto explicou que as alterações tiveram objetivos claros, embora tenha admitido que o impacto desejado não foi alcançado. A saída de Óscar para a entrada de Tiago foi uma “alteração forçada”, enquanto as restantes mexidas procuraram dar maior critério ofensivo e presença em zonas de finalização. Ainda assim, nos períodos finais, o treinador sentiu que a equipa perdeu “alguma capacidade de pelo menos ganhar as segundas bolas e continuar a atacar na entrada da área”.

O técnico deixou claro que o momento exige reflexão e capacidade de resposta, apontando já ao próximo compromisso. O principal objetivo passa por “ter a capacidade de reagir e de reagir juntos com aqueles que querem reagir connosco”. Fez ainda questão de valorizar o apoio dos cerca de seis mil adeptos presentes no Estádio D. Afonso Henriques, manifestando a vontade de contar com esse suporte para regressar aos resultados positivos no próximo jogo em casa.

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