A Plataforma das Artes, em Guimarães, foi o ponto de encontro de mais de uma centena de participantes da Marcha LGBTQIA+, este sábado, 02 de julho.

A preparação do evento, que teve como mote “Guimarães conquistando direitos”, esteve a cargo do Grupo de Apoio a Pessoas Queer (GAPQ), encabeçado por Diogo Barros.  Ao longo de vários meses, o movimento pretendeu envolver a comunidade vimaranense, bem como as diferentes associações e forças políticas. Em representação do PAN, do BE e do MAS, o representante vincou “a necessidade de uma tomada de ação por parte do poder local” que passa pela criação de um Plano Municipal para a Igualdade.

“Estou de dieta. Não engulo preconceito”, “resistência queer é anticapitalista” ou “minha sexualidade, meu corpo, minha escolha” foram algumas das mensagens escritas nos cartazes pintados com as cores do arco-íris que percorreram as artérias da cidade-berço.

Guimarães foi a primeira de quatro onde a iniciativa vai chegar. Destacando que “mesmo com apenas dez pessoas a Marcha iria avançar”, todos foram “surpreendidos com a grande adesão”, que se revelou um bom presságio para as próximas datas marcadas em Barcelos, Esposende, Vizela e Famalicão.

Um dos pontos de paragem da Marcha foi precisamente o Tribunal de Guimarães. A escolha prendeu-se com o facto de considerarem que “a justiça tem falhado em proteger as vítimas da comunidade LGBTQIA+, mas também as vítimas de violência doméstica e racismo”.

Assim, anunciaram que pretendem ver criado um centro municipal LGBTI+ com disponibilidade de atendimento nas áreas de violência e discriminação, empregabilidade, saúde e apoio integral para pessoas trans. A celebração do Dia Internacional contra a Homofobia, Transfobia e Bifobia, que acontece a 17 de maio, e a reestruturação do SNS para que consiga atender problemas particulares da comunidade são outras das medidas que querem ver concretizadas.