Mais de 5500 pessoas passaram pelo Festival nas margens do Rio Febras
O festival, que já tinha por si só uma componente solidária, mostrou que veio para ficar e já há, inclusive, planos para a sua terceira edição, cuja data será revelada em breve.
Batiam as 15h00 quando os primeiros festivaleiros pisaram o recinto onde o Rock foi protagonista. O Festival que acontece no Rio Febras não se deixou vergar perante Lisboa e afirmou o seu potencial.
Se dúvidas houvesse de que o Rock in Rio Febras seria um sucesso, rapidamente se anulavam perante o esforço e dedicação da comunidade envolvente.
O festival, que já tinha por si só uma componente solidária, mostrou que veio para ficar e já há, inclusive, planos para a sua terceira edição, cuja data será revelada em breve.
O passado sábado fez jus àquilo que consideramos como uma verdadeira tarde de verão. Com os termómetros a ultrapassarem os 30 graus, as sombras refrescantes e o rio foram o chamariz para que os festivaleiros aproveitassem o evento desde cedo. A par da cerveja e o pão com bifana, claro.
Os Quarta às Nove serviram de aquecimento para a exploração do recinto que foi alargado a poucos dias do evento, fruto do esforço da organização. A banda das Taipas lembrou os poetas portugueses em canções que não têm idade e afinou as vozes. Seguiu-se o DJ Pedro Conde que já tinha contactado com algum público do Febras no ano anterior. À medida que observavam o pôr do sol, seguiram-se as atuações de Segundo Minuto e Alberto Dias.
Vivia-se um verdadeiro ambiente familiar, amigável e com muitos risos à mistura, sobretudo quando o tema se centrava na grande polémica em que o festival esteve envolvido. Vale a pena recordar que grande parte dos 5.500 festivaleiros que passaram pelo recinto apenas tomaram conhecimento do festival depois de este ter sido acusado de “concorrência desleal” pela organização do festival de Lisboa.
Os vimaranenses não se deixaram ficar e usaram o protagonismo a seu favor. Aliás, o “festival com eles no sítio” não se exibiu de espalhar pelo recinto frases como “a Ivete Sangalo não está”, numa clara alusão à falta do género musical que dá nome ao evento de Lisboa.
À medida que caiu a noite, verificou-se uma clara enchente no recinto. O recinto albergou quatro mil pessoas. Tendo em conta que apenas residem 1700 pessoas na união de Freguesias de Briteiros, Santa Leocádia e S. Salvador, pode mesmo dizer-se que este se tratou de um evento que fez história.
A noite reservou as atuações de Gaspea, Gordilho, Leather Blue, Juanito Caminante, Smartini e Crocky Girls, entre covers e originais que não desapontaram o público que chegou a Briteiros de todas as latitudes.
Joana e Nuno são um dos muitos exemplos em que a curiosidade foi a chave. Acabados de chegar de Cabeceiras de Basto, pelas 16h00, quiseram chegar cedo para acompanhar todas as bandas. Na verdade, só conheciam uma, mas quiseram “vir à descoberta”. O mesmo acontecia quando frequentavam o Paredes de Coura, que em alguns aspetos comparam com o Febras: o rio, os artistas emergentes, os bons petiscos e o contacto com a natureza.
Por fim, contaram ao Mais Guimarães que, na sua visão, o Febras tem um grande potencial. “Creio que a maioria das pessoas estão a ficar cansadas dos megafestivais. Algo mais pequeno e fora do comum acaba por ser interessante. É um dia bem passado. Está muito bem organizado e equilibrado em termos de faixas etárias, o que é muito bom. Está um ambiente incrível, caseiro e pequenino, mas de festa”, afirmaram com a promessa de regressar.
Este ano, e pelo aumento inesperado de pessoas com interesse no festival, houve questões logísticas e de planeamento que fizeram aumentar significativamente as despesas previstas com o festival. Ainda assim, Vasco Marques, responsável pela organização e presidente da Direção da Casa do Povo de Briteiros, considera que foi um sucesso.
O empenho e disponibilidade dos cerca de 80 voluntários foi fulcral e já pensam nas novidades para 2024. Um recinto com maior capacidade para albergar todos aqueles que quiserem participar está a ser equacionado, mas sem perder a marca identitária do Febras: a componente solidária e comunitária.
“Queremos aproveitar para subir um patamar”, afirmou o responsável, admitindo a possibilidade de integrar no próximo ano um artista nacional para cabeça de cartaz, sem nunca “deixar de ser um palco para os artistas locais”.
Nas suas duas primeiras edições o festival contou com o apoio do município através do Excentricidades e é “crucial que este tipo de apoios continue a existir”, garante o responsável.
“A próxima edição será muito aquilo que os nossos parceiros quiserem que seja. É uma oportunidade de haver um festival em Guimarães com um patamar que nenhum outro atingiu até agora”, finalizou.
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