O álbum Ibéria 20/22 conta com os artistas espanhóis Jorge Pardo e Carles Benavent, mas também com as participações de Quiné Teles, João Frade e Sandra Martins, e de músicos de prestígio internacional na área do jazz, do flamenco e da fusão, que se juntaram a Manuel d’Oliveira.

O juri distinguiu por unanimidade, em ex-aequo, o Ibéria 20/22 de Manuel de Oliveira e Por Esse Mar Abaixo de Carlos Alberto Moniz.

Na atribuição do prémio Carlos Paredes 2023, o júri, constituído pelo poeta José Jorge Letria, por um representante da Câmara Municipal de Vila Franca de Xira, por Amélia Muge, da Sociedade Portuguesa de Autores, Pedro Campos e o crítico musical Rui Filipe Reis, considerou que, do ponto de vista instrumental, em Ibéria, os músicos são “monstruosos”, e que a repetição do álbum é “impossível”.

@João Bastos/Mais Guimarães

O júri destacou também a união das musicalidades dos dois países, afirmando que, no Álbum Ibéria 20/22, “Não existem temas no disco, como se diz, isto é, Portugal, e outros temas em que se diz, isto é, Espanha. Nós conseguimos ver quer num caso quer no outro, de repente não é só a Ibéria, é a Ibéria como entidade hospedeira de uma universalidade”.

O álbum esteve em digressão por Portugal e Espanha em 2007, e teve momentos altos como o concerto na Casa da Música no Porto, na comemoração dos 10 anos do disco, em 2012, a gravação de um DVD ao vivo, no âmbito da Guimarães Capital Europeia da Cultura, em 2012, e ainda uma digressão, em 2016, por Portugal.

Ibéria subirá ao palco da Casa das Artes de Famalicão no próximo dia 04 de maio.

Nomes mais conhecidos do grande público e outros menos, da área da música instrumental e da área do canto, como, Rão Kyao e Carminho (2013), Pedro Caldeira Cabral (2014) Ricardo Ribeiro (2017) já foram distinguidos no âmbito do Prémio Carlos Paredes, criado pelo município de Vila Franca de Xira em 2023.