Entre as provas cegas e a fase que a vimaranense considerou ser o “capítulo final da aventura”, a artista encantou Portugal ao som de “Adeus, Tristeza”, “Canção de Embalar”, “A Gente Vai Continuar”, “Sol de Inverno”, “Rancho Fundo”, “Só um beijo”, “O Pastor” e “Balada de Outono”.

E como se as suas performances a solo num palco dedicado aos melhores não bastasse, Maria João Soares também teve a oportunidade de cantar “Restolho” com António Zambujo, seu mentor no
programa.

“Sublime” foi a palavra utilizada pelo cantor para caracterizar a voz e o trajeto da jovem de 19 anos no The Voice Portugal. Uma palavra chega para representar o sentimento dos vimaranenses da melhor forma possível ao acompanharem os cerca de seis meses de trabalho de Maria João Soares.

Guimarães tem “um bairrismo inigualável”

Maria João Soares diz estar “muito feliz por aquilo que consegui alcançar” e sente-se “abraçada pela minha cidade. Temos um bairrismo inigualável e pude sentir isso em primeira mão”.
Para a vimaranense, o programa foi importante como rampa de lançamento para a sua carreira. Agora, “cabe-me a mim aproveitar esta rampa para lançar músicas. É a oportunidade perfeita e tenho de a aproveitar.

“Adoro cantar música em português e acho a nossa língua muito bonita para ser cantada”

Sem nunca fugir à representação portuguesa nas suas atuações, a jovem explica que escolheu “aquilo que mais me identificava. Adoro cantar música em português e acho a nossa língua muito bonita para ser cantada. O cuidado com as palavras é fundamental e eu gosto dessa dicção e de contar as histórias.”

Maria João Soares diz ter “uma boa relação” com António Zambujo, cantor luso que também é conhecido por atuar em português. Para a artista, “esse lado liga-nos muito. Ele sempre me disse ao longo desta aventura que o cuidado com as palavras era o mais importante. Sempre tentei ter esse cuidado e melhorar.”

Todavia, a jovem de 19 anos não se fica pela sua voz e timbre. A sua humildade, o seu sorriso transparente, a sua genuinidade e a demonstração de melhoria a cada fase que passou enfeitiçaram os portugueses, que a levaram até à final juntamente com José Bacelar, Manuel Antunes, Mafalda Vasques e Guilherme Batista.

A jovem natural de Creixomil já tinha concorrido ao The Voice Portugal há dois anos, mas o seu momento de brilhar ficou reservado para esta edição. No momento em que se apercebeu que entrou no programa, Maria João Soares “nem queria acreditar. Fiquei muito feliz e quando passei no primeiro casting foi um orgulho.”

A vimaranense revelou que todos os concorrentes do programa se dão bem “porque estávamos dentro da bolha que era aquele programa. Consolar os nervos de cada um e apoiar-nos uns aos outros fez com que criássemos uma ligação muito bonita.”

A ligação ao mundo da música

O seu gosto e dedicação à música surgiu ainda desde pequena, por influência familiar. Já desde nova, a jovem participava nos coros com a sua mãe e cantava com a sua prima, com a qual ainda mantém o seu projeto musical “Sem Direção”.

© The Voice Portugal

Nos encontros de família, havia sempre alguém que “pegava numa guitarra” e começava a cantar, como conta a vimaranense. A sua relação com a música também cresceu nos escuteiros, onde Maria João Soares anda desde os cinco anos.

A ligação com a música cresceu e a jovem estudou essa área até ao 12.º ano. Neste momento, a jovem natural de Creixomil está no curso de Educação Básica na Universidade do Minho, “porque
adoro crianças e trabalhar com elas”, embora “a música seja outro ponto da minha vida que eu amo.” Com dois mundos que gosta, o sonho de Maria João “é juntar as duas coisas. Com a música e as crianças, era feliz da vida.”