Mariana Silva lamenta “peso da propaganda” e promete oposição construtiva

A candidata da CDU – Coligação Democrática Unitária (PCP-PEV) à Câmara Municipal de Guimarães, Mariana Silva, fez o balanço dos resultados das eleições autárquicas, sublinhando que, apesar de a coligação não ter atingido o objetivo de eleger novamente um vereador, o trabalho realizado ao longo da campanha foi motivo de orgulho.

© Eliseu Sampaio / Mais Guimarães

“O balanço não é positivo, porque não conseguimos concretizar o nosso objetivo, que era voltar com o vereador para a Câmara Municipal”, reconheceu Mariana Silva. “Mas fazemos um balanço muito positivo da campanha que fizemos, do esforço de irmos às 55 freguesias, à Assembleia e à Câmara. Só o PS e o PSD, além da CDU, apresentaram listas a todos os órgãos e em todas as freguesias do concelho. Só isso já é uma vitória.”

A CDU elegeu Inês Rodrigues e Torcato Ribeiro para a Assembleia Municipal, garantindo assim a continuidade da sua representação no órgão deliberativo.

Em declarações ao Mais Guimarães, Mariana Silva destacou as dificuldades impostas pela crescente bipartidarização da política local, que considera ter prejudicado a coligação: “A política está cada vez mais marcada pela bipolarização. Concorrermos contra forças com grande exposição mediática, mesmo que sem presença real no concelho, penaliza-nos. Há partidos que elegem representantes que ninguém conhece, nem os candidatos, nem os programas, apenas pela visibilidade nacional e pelos holofotes mediáticos.”

A candidata apontou ainda a diferença entre a proximidade que a CDU procurou manter e o peso das campanhas mediáticas: “Estas são eleições de proximidade, em que os eleitores votam em quem conhecem e em quem confiam. É estranho ver uma terceira força conseguir um vereador sem que ninguém conheça o candidato e o seu programa. Isso mostra o impacto da propaganda e da popularidade televisiva.”

Sobre a vitória do PSD-CDS, Mariana Silva admitiu não ter ficado surpreendida com a mudança, mas considerou a maioria inesperada: “Contava com a mudança, porque era o que se ouvia na rua. As pessoas estavam cansadas e queriam realmente mudar. Com a maioria, não. Nenhuma maioria é boa, seja do PS, seja do PSD. A CDU teria sido importante para equilibrar as balanças.”

Apesar dos resultados, Mariana Silva reafirmou o compromisso da CDU em continuar ativa e vigilante na política local: “Vamos continuar atentos, ativos e presentes na vida política municipal. Acreditamos no nosso projeto para os próximos quatro anos e queremos que ele tenha visibilidade e voz. A democracia é aceitar a vontade popular e trabalhar para que as populações sejam ouvidas.”

A candidata concluiu sublinhando que a CDU estará “ao lado dos vimaranenses” nas questões que os preocupam, reafirmando a disponibilidade da coligação para continuar a intervir em defesa das populações e das causas locais.

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