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Marrocos apresenta-se em Guimarães com potencial para investimento

Delegação do Comércio e Indústria Luso Marroquina foi recebida na Cãmara Municipal de Guimarães e marcou presença no “Clube Vinhos e Comércio” .

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Carlos Pedro, presidente da Câmara do Comércio e Indústria Luso Marroquina, viajou até Guimarães, na passada quinta-feira, para dar a conhecer a realidade industrial vivida em Marrocos e fomentar a estreita ligação com os empresários portugueses.

O dirigente, que já reside naquele país há mais de uma década, fez-se acompanhar pelo vice-presidente Laurentino Ferreira. Ambos foram recebidos pelo presidente da Câmara de Guimarães, Domingos Bragança, nos paços do concelho.

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Com o objetivo de “estreitar as relações no âmbito da cooperação ao nível da indústria, do comércio e do turismo”, o encontro prosseguiu no evento “Clube Vinhos e Comércio”, na freguesia de Ponte.

O evento foi organizado por Fabrice Lachize, administrador do E.Leclerc de Lordelo e presidente da Câmara de Comércio Luso Francesa, e reuniu cerca de 300 empresários da região.

Para Carlos Pedro, “Marrocos é um território extremamente interessante para os empresários portugueses”. Com uma dimensão sete vezes superior a Portugal e 36 milhões de habitantes, 40% deles abaixo dos 25 anos, apresenta-se como um país “amigo de Portugal, extremamente estável, seguro ao nível de investimentos”.

A seu ver, há áreas com maior potencial, como é o caso do têxtil, que continua a ser uma “fonte de produção” pela abundância de mão de obra, em alternativa àqueles empresários que já não conseguem produzir em Portugal. Destaque ainda para o setor automóvel, a agroindústria, a aeronáutica e o turismo.

© Eliseu Sampaio / Mais Guimarães

Entre as principais dificuldades que se poderão atravessar no caminho dos empresários, o representante de Marrocos em Portugal aponta a “comunicação, uma vez que o modus operandi é diferente do nosso”.

Apesar da grande evolução ao longo da última década, continua a tratar-se de uma “forma diferente de trabalhar”. “Não é difícil, é diferente. É tudo uma questão de nos adaptarmos”, revela.

Relativamente à aposta de Marrocos no país das quinas, Carlos Pedro confirma essa vontade, principalmente no setor imobiliário, mas aponta dificuldades na transferência de divisas. Critica ainda o atraso na ligação marítima entre os dois países, de Portimão a Tanger, que, a seu ver, deveria ter sido concretizada na pandemia.

Atualmente, estão lá fixadas entre 150 a 200 empresas portuguesas, mas está previsto que no próximo ano esse número duplique.

No que ao evento diz respeito, o presidente da Câmara do Comércio e Indústria Luso Marroquina destaca a qualidade dos vinhos marroquinos e considera que “Guimarães é o berço de Portugal, e, por isso, não haveria melhor cidade do que esta”.

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Para Paulo Lopes Silva, vereador da Cultura na Câmara Municipal de Guimarães, que marcou presença no evento de degustação, este tipo de eventos é “absolutamente fundamental para o território, para os empresários e para o município, pela sua preocupação com a atividade económica”.

Com o evento chegam “oportunidades de cruzamento de conhecimento, networking, trabalho em rede entre diversas instituições”, mas também se ficam a “conhecer outros territórios contados na primeira pessoa e com dados concretos, daí a importância das Câmaras do Comércio”, destaca.

Paulo Lopes Silva não afasta a possibilidade de que intercâmbio de profissionais entre os dois países, até porque “a indústria têxtil representa uma fatia muito importante do PIB da região e é um setor com muita história em Guimarães”.

Destacando que também Guimarães “está atenta às potencialidades que cada região tem para oferecer”, Paulo Lopes Silva refere que “este é o tipo de relação que importa estabelecer para que as oportunidades possam surgir de ambos os lados da fronteira”.

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Fabrice Lachize, organizador do encontro, faz um balanço “muito positivo” e enaltece o interesse dos empresários vimaranenses e de outros concelhos que se fizeram representar.

Com garantia de continuidade do “Clube Vinhos e Comércio”, o presidente da Câmara de Comércio Luso Francesa destaca que estes encontros têm sido uma mais valia para a criação de negócios de cooperação entre os diferentes países. “As empresas estão a vir para descobrir um novo mercado. Por vezes, temos uma opinião errada acerca de um país e falar com alguém que o conhece de perto pode abrir algumas portas”, explicou.

Estes eventos têm sido sinónimo de resultados “muito concretos, tanto negócios realizados na hora, como também ao longo do ano”, garantiu.

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