O evento decorreu no auditório nobre da Universidade do Minho e contou com o apoio das escolas do concelho e da Câmara Municipal de Guimarães. O primeiro debate colocou frente a frente a Escola Secundária Martins Sarmento, a favor do “Sim”, e o Agrupamento de Escolas Santos Simões, a defender o “Não”, sobre a questão: “Sim ou Não à videovigilância no centro histórico de Guimarães?”. A vitória sorriu à Martins Sarmento, garantindo o primeiro lugar na final.

Francisco Teixeira, da ASMAV, destacou a relevância do tema e a qualidade do debate: “O tema desta meia-final do Torneio da Retórica está na agenda do debate político local. Este debate, com a qualidade e a quantidade de informação apresentada, prova que o entusiasmo e a capacidade de intervenção dos jovens é algo verdadeiramente relevante e que este torneio contribui para a vitalização cívica”.

O responsável sublinhou ainda a importância da participação dos jovens: “O grande objetivo é que se habituem a intervir publicamente de maneira informada, não só com slogans, mas debatendo de forma racional e ouvindo os outros. Todos os alunos das escolas secundárias de Guimarães passam por estes torneios, e temos já o envolvimento das famílias e professores, que ficaram espantados com a maneira como os jovens se impuseram perante uma plateia de cerca de 500 colegas”.

Quanto ao apoio da Câmara Municipal, Francisco Teixeira afirmou que a iniciativa continuará a contar com suporte institucional: “A Câmara anterior deu um grande apoio ao projeto, nos transportes e com um pequeno subsídio financeiro. Estou convencido de que a nova gestão seguirá o mesmo caminho de compromisso com a vitalização cívica e educativa”.

@Eliseu Sampaio/Mais Guimarães

A equipa vencedora da Martins Sarmento, composta por Helena Fernandes, Sílvia Dias e Tomás Bravo, destacou o rigor da preparação e a satisfação pela vitória. “O debate correu bem, as duas equipas foram muito boas. Fizemos pesquisa detalhada, consultámos várias fontes e organizámos tudo numa tabela até ao último minuto. Já é o nosso sexto debate, por isso estamos mais habituados, mas conciliar com aulas e tempo livre é sempre um desafio”, disseram.

Os alunos sublinharam ainda os benefícios da experiência: “Perdemos a vergonha de falar em público, conseguimos dialogar e argumentar com diferentes tipos de pessoas e aprendemos a lidar com a pressão. Aprender a debater é essencial para desenvolver um espírito crítico e conseguir analisar informação de forma consciente. O Torneio de Retórica é, sem dúvida, uma grande mais-valia”.