Máscaras com certificação são “a única solução” para setor têxtil vimaranense
Nas últimas semanas, são cada vez mais as empresas nacionais a pedir a certificação do Centro Tecnológico Têxtil e Vestuário (Citeve) para as suas máscaras de uso único e reutilizáveis. Guimarães não é exceção. Cerca de dez empresas do concelho de Guimarães já têm a aprovação do Citeve.
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As máscaras poderão representar, a curto prazo, “a única solução” para empresas têxteis do concelho. Para já, são cerca de dez as que têm a certificação do Citeve.
Nas últimas semanas, são cada vez mais as empresas nacionais a pedir a certificação do Centro Tecnológico Têxtil e Vestuário (Citeve) para as suas máscaras de uso único e reutilizáveis. Guimarães não é exceção. Cerca de dez empresas do concelho de Guimarães já têm a aprovação do Citeve.
O Centro Tecnológico, com sede em Vila Nova de Famalicão, tem vindo a disponibilizar e a atualizar uma lista de empresas portuguesas de têxtil que produzem máscaras testadas e validadas, nomeadamente máscaras de uso comunitário que a população deve usar em espaços fechados, como por exemplo nos transportes públicos, farmácias e supermercados. De Guimarães, já contam com certificação a Bless Internacional, a Digit All, a Pereira & Andrade, a Vale & Cardoso, a Suaves Matérias, a New Textiles, a Carfati – Confeção Infantil, aLunefe Confeções, a Vital Marques Rodrigues, Filhos e a Em Banho Maria.
No caso da Bless International, esta conta já com certificação para a máscara de uso único e aguarda pela certificação da sua máscara reutilizável. A CEO da empresa, Sílvia Costa, explicou ao Mais Guimarães que a possibilidade de fazer máscaras surgiu “porque o mercado estava a pedir devido à falta de material para compra”. Posteriormente, surgiu a certificação, para dar mais garantias aos clientes. “Visto que queremos dar mais certezas daquele produto que estamos a vender, não é suficiente a minha palavra, que eu também entendo. Sou a Sílvia que representa a Bless e, portanto, temos que recorrer a uma identidade que nos possa dar a garantia que aquilo que estamos a vender, quer seja a nível nacional ou internacional, esteja de acordo com as necessidades do mercado para o bem do consumidor”, justificou.
Numa altura em que “todos os clientes de exportação pediram para suspender as entregas”, e com “a economia parada”, gerou-se “uma corrente quase de solidariedade entre os clientes e as fábricas”, para que todos possam “sobreviver e viver no meio de toda esta confusão que a pandemia gerou”.
Sílvia Costa admitiu que as máscaras poderão representar, a curto prazo, “a única solução” para a empresa. “A retoma de mercado é muito lenta. A necessidade de os clientes receberem artigos e a procura também está a ser muito diminuta, apesar de as vendas online continuarem a correr relativamente bem. O barco, conforme estava a andar, com as velas todas bem esticadinhas, a andar a velocidade cruzeiro, neste momento, teve que parar e está um bocadinho a navegar a muito pouco velocidade”, confessou.
Atualmente, a máscara tem sido vendida maioritariamente para Portugal e, no futuro, o produto pode tornar-se “um complemento” ao vestuário que a empresa já produzia. “Agora é um produto que encaixa na nossa empresa e vai ser, nos próximos tempos, um produto que vamos ter que continuar a fazer então temos que encarar isto com uma vertente de moda”, frisou. A adaptação já está em marcha e já se prepara a exportação para a Alemanha de “uma t-shirt com a máscara a combinar”, revelou. “Neste momento estamos a optar por fazer esse tipo de combinações, porque no fundo nós temos a nossa vaidade natural e, se temos que andar com uma segunda pele par alem da que já temos, então que andemos na moda e bonitos, confortáveis porque tudo isto nos faz bem”, finalizou.
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