O óbito foi declarado no local e a jovem transportada para o gabinete médico-legal do hospital Senhora da Oliveira. A GNR de Caldas das Taipas tomou conta da ocorrência.

População gera onda de apoio aos pais da menina

Nas redes sociais foi lançada uma campanha de solidariedade para ajudar os pais da menina que faleceu no sábado. Os pais de Karolina Silva alegam não conseguir suportar as despesas das cerimónias fúnebres. Também o Grupo de Jovens de Infias se mostrou solidário com esta família e prontificou-se a realizar uma angariação de fundos.

Nélson Leite, presidente do Grupo de Jovens de Infias, fez apelo de solidariedade a todos. “Temos estado a acompanhar esta história, através das redes sociais e de outras pessoas ligadas aos familiares, porque lidamos com muitas famílias brasileiras, através da Loja Social. Sabemos que estão com dificuldades, fizemos de imediato uma doação de 100 euros. São os amigos que estão a tratar das coisas, porque a dor é imensa e a família não está em condições de o fazer”, relatou o responsável do grupo. O funeral da Karolina “tem o custo de 1600 euros e esta família está a precisar”, acrescentou o responsável.

A jovem que estudava em Guimarães e residia em Creixomil, é filha de pais brasileiros, “mas a Segurança Social não comparticipa”, confirma. “Assim que seja atingido o valor, avisamos para que mais ninguém efetue transferências”, conclui Nélson Leite.

No entanto, o grupo “Ajudar o próximo Guimarães”, avançou, através de uma publicação realizada nas redes sociais, que os valores do funeral serão suportados em parte pela Segurança Social, 300 euros, e o restante valor será assumido pela Câmara Municipal de Guimarães.
Os valores angariados nas campanhas de solidariedade, serão entregues à família. Karolina Silva vivia com os pais, um irmão e uma irmã de seis anos com deficiência, na freguesia de Creixomil, em Guimarães.

Cerimónias fúnebres realizam-se nesta quarta-feira

O funeral de Karolina vai realizar-se esta quarta-feira, dia 21 de agosto, às 10h00, na Igreja Paroquial de Creixomil, onde será celebrada a missa de corpo presente, indo depois a sepultar no Cemitério de Monchique.

Praia Seca ainda sem estatuto de Praia Fluvial

Em 2019, aquando da Inauguração da 1ª Fase de Requalificação do Parque de Lazer da “Praia Seca” a junta de freguesia de Caldelas estabeleceu como objetivo tornar a zona ribeirinha do Ave, conhecida como Praia Seca, como Praia Fluvial.

Na altura, a Câmara Municipal de Guimarães e a Agência Portuguesa do Ambiente, representados por Domingos Bragança e Pimenta Machado, respetivamente, afirmaram o compromisso de trabalhar para a classificação da Praia Seca como praia fluvial em 2020 e trabalharem em conjunto na construção do trilho ecológico do ave que ligaria a Praia Seca ao Parque de Lazer das Taipas e posteriormente às levadas no limite da freguesia.

A junta de freguesia procedeu, durante o ano de 2020, à monitorização da qualidade da água, tendo submetido à Agência Portuguesa do Ambiente a sua classificação.
No entanto, de acordo com a Comissão Técnica de Acompanhamento e da Agência Portuguesa do Ambiente, apesar de, na altura, estar classificada dentro da classe de qualidade “Boa”, durante a época balnear de 2020, a existência de um episódio de contaminação e a ausência de histórico, não permitiu a classificação daquela água balnear no primeiro ano de monitorização. A Agência Portuguesa do Ambiente chumbou, novamente, em 2023, o pedido de classificação da Praia Seca como água balnear, algo que motivou criticas da oposição na reunião de câmara municipal.

Hugo Ribeiro, eleito pela coligação Juntos por Guimarães, disse na altura que, “não deixa de ser paradigmático que nós, que pretendemos ser Capital Verde Europeia, nem uma praia fluvial conseguimos classificar como praia balnear”. Hugo Ribeiro lançou o repto para que o município abrace esta causa e assuma o compromisso de tornar a Praia Seca na primeira praia classificada do concelho.

Na entrada da Praia Seca, uma placa informativa colocada pela junta de freguesia de Caldelas, anuncia que o banho é desaconselhado, porque a água não está identificada com água balnear.