Mês da Economia juntou especialistas da área da Saúde e da Nova Economia do Espaço
Na tarde da passada terça-feira, 15 de outubro, o auditório Teatro Jordão acolheu especialistas das áreas da Saúde e da Nova Economia do Espaço para debaterem a inovação colaborativa como motor de desenvolvimento. A iniciativa decorreu no âmbito do Mês da Economia, que o município de Guimarães organiza durante o mês de outubro.
O encontro propôs-se analisar a importância da inovação colaborativa como motor de desenvolvimento, especificamente, nas áreas da Saúde e Bem-Estar e do setor Aeroespacial.
Domingos Bragança, presidente da Câmara Municipal, no seu discurso de abertura, destacou que Guimarães tem um “ecossistema científico e tecnológico, de produção de novo conhecimento, excecional. Na área da Saúde, o Instituto de Medicina Regenerativa e o Instituto Cidade de Guimarães para os Biomateriais, ambos sediados no Avepark. Na área do Espaço, os cursos de Engenharia Aeroespacial e Ciência de Dados, e a Associação Guimarães Space Hub, constituída pelo município de Guimarães, a Universidade do Minho e o CEiiA”.
Domingos Bragança deu ainda a conhecer aos presentes os esforços realizados por Pedro Cunha, presidente do Conselho de Administração da ULS do Alto Ave, para a constituição do denominado Ecossistema Colaborativo e Multimodal em Saúde, bem como dos protocolos que o município celebrou com o CEiiA e Universidade do Minho, e com o Ayuntamiento de Valladolid, para as futuras operações da Constelação Atlântico, que envolverão a empresa GEOSAT, com sede no Parque Tecnológico de Boecillo, Valladolid.
“Estes são dois setores que identificámos como emergentes e importantes neste caminho e que se sustentam num forte ecossistema de ciência, nestas áreas, em Guimarães”, frisou, “e importa que este conhecimento seja transferido para o setor competitivo da economia, para a criação de valor”.
“Hoje, as empresas, dos chamados setores tradicionais, são empresas, progressivamente tecnológicas, com alta incorporação de tecnologia e novo conhecimento científico, nos seus processos e produtos, aumentando, dessa forma, o valor acrescentado, a produtividade e a competitividade”, disse o presidente da Câmara Municipal, que também aponta a diversificação como caminho para o robustecimento da economia vimaranense. “Com as lideranças empresariais que temos e com a sua persistência, o caminho da transformação digital está iniciado e é promissor”.
O edil apontou o exemplo da empresa J. Pereira Fernandes, que ontem recebeu a reunião de Câmara descentralizada, e que considera uma empresa têxtil tecnológica, ou da Manuel Couto Alves, que terá o seu novo MCA HUB, em Pevidém, que que hoje é uma empresa tecnológica, de topo nos serviços que presta, desde a construção de edifícios energeticamente e ambientalmente sustentáveis à instalação de mega-plataformas de energias renováveis. “Hoje, as empresas estão a migrar de um modelo de mão-de-obra intensiva para um novo modelo que é o do conhecimento intensivo”. concluiu.
A sessão continuou com a apresentação de casos de sucesso, através de um vídeo no qual participaram Rui Amandi de Sousa, CEO da Stemmatters, com o exemplo da Terapêutica biológica e celular, João Bessa, Coordenador do I&D+I do Fibrenamics, com o projeto Pluriprotech e ActiveProtection, e Jorge Cabral, administrador do CEiiA, que falou da Constelação Atlântico.
O debate “Inovação Colaborativa como Motor do Desenvolvimento: A Economia do Espaço e da Saúde” teve a moderação de Pedro Arezes, presidente da Escola de Engenharia da UMinho, e o contributo de Pedro Cunha, presidente do Conselho de Administração da ULS Alto Ave, José Rui Felizardo, presidente Executivo do CEiiA – Centro de Engenharia e Desenvolvimento de Produto, e Helena Pereira, investigadora na Universidade do Minho.
Após a apresentação do vídeo “Guimarães Marca Innovation Showcase”, que deu a conhecer produtos inovadores de empresas do universo “Guimarães Marca”, Rui Vieira de Castro, reitor da Universidade do Minho, fez a intervenção final. “Agradeço a oportunidade que me deram de estar aqui e de poder conhecer e aprender coisas, e de devolver com o o contributo da Universidade do Minho, que é a criação de conhecimento e a criação de condições para a sua aplicação. (…) Precisamos de fazer com que os bons exemplos se estendam à generalidade da economia”, disse.
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