MICKAËL DE OLIVEIRA

Dramaturgo e encenador

Mackael-Oliveira

Nome completo

Mickaël de Oliveira

Nascimento

18 de novembro de 1984

Mouy, Paris

Profissão

Dramaturgo e encenadorO dramaturgo e encenador Mickaël de Oliveira já tem uma história no teatro português, que pretende acrescentar novos capítulos.

Nasceu numa vila na periferia de Paris, em Mouy, mas veio estudar para Aveiro com 14 anos sem falar a língua de Camões. À sua espera estava a irmã mais velha, que o acolheu e sempre o apoiou, apesar de ser muito autónomo. “Cada um tomava conta de si”, conta.

Após a curta passagem por Aveiro, seguiu-se outra curta estadia em Viseu, assim como a de Coimbra, onde frequentou a Faculdade de Letras – Estudos Artísticos na variante de Teatro. Mais tarde, Mickaël de Oliveira continuou a formação académica com o doutoramento em Estudos Teatrais pela Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, cuja dissertação tem como tema central a dramaturgia contemporânea portuguesa.

“Já que estou a estudar, bora lá escrever.”

O dramaturgo recebeu, enquanto autor, a Menção Honrosa do Prémio Luso-Brasileiro António José da Silva em 2009, com o texto “Clitemnestra” e, em 2006, o Prémio de Nova Dramaturgia Maria Matos, com o texto “O que é teu entregou aos mortais”, atribuído pelo Teatro Municipal Maria Matos.

“Já que estou a estudar, bora lá escrever”, refere Mickaël de Oliveira, lembrando o episódio da primeira vez que tentou escrever. “Foi uma grande dúvida, apesar de ter lido muita dramaturgia e ter estudado teatro. Estava a ver a página do ecrã e pensei: então como é que é?”.

O primeiro texto com um “palco maior” foi apresentado pelo TAGV – Teatro Académico Gil Vicente (Coimbra), com 18 anos, embora aos 14 anos já tivesse escrito o drama histórico. Uma peça que contou com três espetáculos, dos quais “não se orgulha nada”. “Foram horrorosos, mas comecei a perceber como se dirigia atores”.

Já em Lisboa, conheceu o John Romão, com quem co-fundou o “Colectivo 84”, em 2008, para o qual escreve. O dramaturgo e encenador admite que o reconhecimento “é sempre bom”. “Pelo menos tem um eco em algumas pessoas, mas nada muito triunfante”, explica.

É autor de vários textos para palco, tendo escrito em 2009 “Hipólito – monólogo masculino sobre a perplexidade” e “Monólogos e Materiais” para o espetáculo “Velocidade Máxima”.

 “Uma pessoa tem que se apaixonar por aquilo que faz.”

Escreveu “Amar-te longe daqui onde pudesse chamar pelo teu nome” (2007), “Discurso sobre o Início. Discurso sobre o Fim” (2007), “Hoje fiz amor pela 3X” (2006) e “À espera adeus eu fico” (2005), cujas duas últimas encenou no TAGV.

“Tenho uma linguagem que fui desenvolvendo. Em cada espetáculo a escrita é posta em causa e gosto disso. Gosto de absorver e aprender com os erros”, sublinha.

Mickaël de Oliveira destaca o seu último trabalho “Sócrates Tem de Morrer”, uma peça que lhe “desafiou bastante”, pois recorda que tem mais de três horas e está dividida em dois espetáculos. “É a primeira peça com vários atores”.

Vários dos seus textos estão traduzidos para francês, inglês, castelhano, eslovaco, tendo sido montadas várias leituras em França, Bélgica e em Genebra.

Os próximos projetos estão em andamento, mas Mickaël de Oliveira não quer adiantar os passos que neste momento parecem incertos. No entanto, o encenador deixa o desejo de criar novas colaborações. “Uma pessoa tem que se apaixonar por aquilo que faz”.

Por: Luísa Nogueira

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