Ministério Público acusa agente de viagens de Guimarães por burla e falsidade informática
O Ministério Público acusou um indivíduo por dezenas de crimes económicos e informáticos relacionados com uma agência de viagens com sede em Guimarães, lê-se no site da Procuradoria Geral Regional do Porto.

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Segundo o despacho de acusação, datado de 29 de novembro de 2025 e emitido pelo DIAP da Procuradoria da República de Braga, o arguido está acusado de 126 crimes de falsidade informática, quatro crimes de burla informática qualificada, um crime de falsificação de documento agravado e um crime de insolvência dolosa agravada.
De acordo com a acusação, entre 3 e 19 de abril de 2017, o arguido, enquanto representante legal da agência de viagens vimaranense, terá emitido bilhetes de várias companhias aéreas usando dados de cartões de crédito que não permitiam qualquer pagamento. As transações foram recusadas pelos bancos e as companhias aéreas não receberam os valores devidos.
Apesar disso, o arguido terá vendido os bilhetes a terceiros por preços apelativos, ficando com o dinheiro das vendas em benefício próprio, em vez de o entregar à empresa. O Ministério Público refere ainda que nenhum montante foi posteriormente pago às companhias aéreas, contrariando os compromissos assumidos no âmbito da licença IATA da sociedade.
A acusação sustenta também que o arguido vendeu os bens da empresa, inviabilizando a cobrança das dívidas e prejudicando os credores, incluindo trabalhadores.
O Ministério Público pede ainda que o arguido seja condenado a pagar ao Estado pelo menos 245.620,52 euros, valor que considera corresponder aos ganhos obtidos com a alegada atividade criminosa.





