Ministro Manuel Heitor inaugura sede do MIT em Guimarães

O Programa MIT Portugal nasceu em 2006.

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O ministro da  Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, inaugurou, segunda-feira, dia 21, a sede do programa MIT Portugal no campus de Azurém, da Universidade do Minho.

O ministro responsável pela ciência e pelo ensino superior mencionou o contexto europeu, em que este tipo de colaborações com instituições americanas, não é olhado com o mesmo olhar benevolente do passado. “A palavra de ordem é resiliência e soberania europeia, particularmente face aquilo que foi uma crescente dependência quer da Ásia quer dos EUA. Do lado dos EUA tem havido uma arrogância perante a Europa que leva a que, em muitas zonas quer da Europa quer dos EUA, se pergunte ‘porque é que ainda existem estes programas em Portugal, com as grandes universidades americanas?”- Foi desta forma que Manuel Heitor caracterizou o contexto, para depois dizer que “enquanto estiver nestas funções, tentarei manter estes programas mais do que nunca”.

Para o governante este tipo de programas exprimem a posição de Portugal no mundo, como um país aberto, um país que atrai e quer atrair cada vez mais jovens para fazer investigação”. Manuel Heitor destacou que este projeto permite criar “redes de oportunidade, que através destes programas podem apresentar as suas ideias”.

Manuel Heitor chamou a atenção para a situação pandémica que vivemos, com origem numa relação homem/ animal, ainda pouco estudada “e por isso a emergência das doenças zoonóticas”. Estes problemas exigem , segundo o ministro, “uma nova relação do Homem com o planeta”, que só se poderá fazer com mais investigação científica.

“Há um claro alinhamento de objetivos entre o programa MIT Portugal e a UMinho”, Rui Vieira de Castro

Rui Vieira de Castro, reitor da UMinho referiu o papel que as universidade têm hoje. “Espera-se que contribuam para o desenvolvimento do país e do território, esta é uma missão hoje inalienável das instituições de ensino superior e esta é uma missão que a Universidade do Minho tem vindo a cumprir na sua prática de um modo que me atrevo a qualificar como exemplar”, referiu o reitor. Rui Vieira de Castro sublinha a articulação entre a universidade e os agentes económicos e sociais para tecer “uma rede fortíssima de relações” que lhe permite ser um agente de desenvolvimento do país. O reitor coloca dá o exemplo do projeto MIT Portugal como tendo um papel positivo na economia. “Há um claro alinhamento de objetivos entre o programa MIT Portugal e a UMinho”, referiu Rui Vieira de Castro.

O presidente da Escola de Engenharia da UMinho, Pedro Arezes, mencionou o encontro que decorreu antes de inauguração formal para lembrar que os projetos previstos para Portugal, ao abrigo desta parceria, nos próximos três anos, representam um investimento de 15 milhões de euros, significando um esforço dos EUA de 30 milhões de euros.

Esta parceria “tem contribuido para colocar Portugal na rota da ciência a nível mundial”, Pedro Arezes

Pedro Arezes lembrou que brevemente se comemorarão os 14 anos sobre o inicio da parceria entre o governo português e o MIT, sob os auspícios do ministro Mariano Gago, “que tem contribuído desde então para colocar Portugal na rota da ciência a nível mundial”. O presidente da Escola de Engenharia minhota lembrou ainda que este é o ano em que comemoram 25 anos sobre a criação do Ministério da Ciência , Tecnologia e Ensino Superior.

“São projetos que significam a espinha dorsal do MIT Portugal e esperemos que sejam sementes de rede e parcerias. Estes projectos liderados por várias empresas portuguesas, em parceria com várias entidades de excelência do sistema científico e tecnológicos, instituições de investigação de universidades de todo o país”, acrescentou Pedro Arezes.

O Programa MIT Portugal nasceu em 2006 e envolve o MIT, o Governo português, além de academias e centros de investigação nacionais, associações e a indústria. Tem como objetivo impulsionar ideias inovadoras e projetos de I&D sobre desafios complexos da sociedade e do planeta, alavancando o desenvolvimento e a competitividade económico-social de Portugal. Para o período 2020/2023 aposta em quatro áreas: alterações climáticas, sistemas terrestres (Oceanos e Espaço), transformação digital e cidades sustentáveis, todas elas com abordagens e metodologias ancoradas em ciência de dados. A sua próxima Conferência Anual ocorre a 15 de outubro, em Lisboa, com oradores de vários países

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