Modelo de gestão de bairros sociais do IHRU implementado em Guimarães
O Instituto de Habitação e Reabilitação Urbana (IHRU) assinou um protocolo com o município de Guimarães e com os bairros de São Gonçalo e Emboladoura, de forma a criar uma maior proximidade com os moradores.
A ministra da Habitação, Marina Gonçalves, explicou que foi apresentado foi “uma segunda fase na reabilitação do património do IHRU”. Apesar da “larga intervenção em Guimarães e em Portugal”, a governante apontou que é necessário “criar uma nova dinâmica associada a reabilitação do parque habitacional do IHRU”.
Em termos práticos, Marina Gonçalves refere que é preciso “criar uma nova proximidade entre o IHRU e os moradores, ou seja, criar uma envolvente do património.” Para a ministra da Habitação, “é fundamental criar redes de parceria”, entre as equipas de gestão local do IHRU, as câmaras municipais e as associações de moradores. Marina Gonçalves assegurou que uma dessas equipas de gestão local será criada em Guimarães.
Apesar de o Plano Estratégico para a Reabilitação do Património ter um protocolo associado, a governante acrescentou que, com o tempo, vai ser alterado “com as verdadeiras necessidades e as dimensões de intervenção das associações de moradores, em articulação com as câmaras e o IHRU.”
O plano entrará em ação, inicialmente, em dois bairros vimaranenses, nomeadamente São Gonçalo, em Azurém e Emboladoura, em Gondar. Na opinião da governante, “é simbólico começar em Guimarães, porque são associações que nos procuraram para ter este diálogo e é isso mesmo que queremos formalizar.”
O objetivo passa por “alargar (o plano) a todo o país, para que este património sejam espaços onde vivemos de forma alegre e positiva”, acrescentou.
O protocolo foi assinado pelo presidente da Câmara de Guimarães, Domingos Bragança, o presidente do IHRU, António Leitão, a presidente da Associação de Moradores da Emboladoura, Elisabete Dourado, e o presidente da Associação de Moradores do bairro de São Gonçalo, Jerónimo Couto. De fora decidiu ficar José da Cunha, em representação do bairro Nossa Senhora da Conceição.
A sessão decorreu no final da tarde desta sexta-feira, dia 17 de novembro, no auditório do Teatro Jordão, em Guimarães.
O presidente do município de Guimarães, Domingos Bragança, vê “com bons olhos” este contrato, entendendo que será “um grande entendimento institucional entre a câmara e o IHRU”. O edil alerta que a habitação “tornou-se numa das políticas centrais do Governo e das autarquias” e que é preciso “resolver o problema”.
Em relação a Guimarães, Domingos Bragança recordou as medidas relacionadas com a habitação e referiu que a Coordenação de Âmbito Social e Financeiro das Habitações do Município de Guimarães (CASFIG) “tem dado resposta aos problemas de habitação e procura ter políticas para o bem-estar dos moradores”.
O presidente do IHRU, António Leitão, refere que o plano é “necessário” e acrescenta que , “em cooperação, poderemos todos atingir os objetivos. Nem a câmara se basta a si mesma, nem as associações conseguem atingir os seus objetivos sozinhas”. António Leitão considera que há, além deste problema, “muitas prioridades na habitação.”
Para a presidente da Associação de Moradores da Emboladoura, Elisabete Dourado, este é “um passo muito grande”, visto que o “IHRU está a tentar chegar aos moradores e a estar mais próximo deles, nunca senti isso em nove anos e há mudança, o que é bom sinal”. Mesmo com “questões a alterar no protocolo”, Elisabete Dourado está “satisfeita e apta para ajudar”.
A responsável pelo bairro de Gondar alerta o IHRU de que o amianto devia ser retirado, o que pode provocar doenças: “Acho que é mau para a saúde. Estão a haver muitas causas de cancro e mortes súbitas. Gostava que fizessem um estudo detalhado sobre isso, porque num bloco morrerem cinco pessoas subitamente não é muito normal”
Em nome do bairro de São Gonçalo, Jerónimo Couto, presidente dessa mesma associação, explica que o protocolo pode significar “um começo de uma aproximação entre o IHRU e as associações”. Depois de a associação “se esbarrar em burocracias e na indiferença”, Jerónimo Couto explica que as cláusulas do protocolo “já estão a ser executadas no terreno pelas associações.”
Na primeira fase do Plano Estratégico para a Reabilitação do Património, o IHRU já interviu em 4.400 habitações. Para o próximo ano, o foco do instituto passa por reabilitar cerca de 1.88 habitações em Portugal numa primeira fase. Já numa segunda e terceira parte da priorização, o IHRU prevê intervir em cerca de 4.000 fogos.
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