Molero traz o Trópico para aquecer o Teatro Jordão

Concerto no dia 7 de dezembro celebra cinco anos do ciclo EGO, promovido pela Capivara Azul.

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Os dias estão a arrefecer, mas a noite de 7 de dezembro promete ser tropical. O venezuelano Molero traz a sua electrónica de inspiração amazónica à renovada sala do Teatro Jordão para celebrar os cinco anos do ciclo EGO, promovido pela Capivara Azul – Associação Cultural. “Ficciones del Trópico”, extraordinário disco que lançou no ano passado, é o mote deste espetáculo.

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Esta é a história de um americano na Europa que fez um disco sobre a forma como os europeus vêm a América. Alexander Molero, venezuelano radicado em Barcelona, pegou num livro do século XIX, “Vom tropischen Tieflande bis zum ewigen Schnee” (“Das planícies tropicais à neve eterna”, em português), de Anton Goering, um naturalista, pintor e artista gráfico alemão, que passou vários anos na Venezuela. Às paisagens convocadas por Goering, juntou as visões da Amazónia de escritores como Victor Segalen ou realizadores como Werner Herzog, para construir a sua própria interpretação da forma como os europeus perceberam – ou não – a América.

“Ficciones Del Trópico” é uma viagem de 44 minutos a partir dessas imagens ficcionadas e ficções imaginadas, com as mãos em sintetizadores clássicos (um Yamaha CS-60 Synthesizer, aos quais se juntaram um Moogerfooger Murf e um Roland Space Echo RE-201, durante a composição, que aconteceu entre 2017 e 2018).

O disco, que foi uma das mais espantosas edições de 2021 na música electrónica, saiu sob o selo da Holuzam, a editora nascida no seio da loja lisboeta Flur, que já lançou trabalhos de criadores como João Pais Filipe ou Joana Gama e Luís Fernandes.

O concerto de Molero em Guimarães acontece no dia 7 de dezembro, no Teatro Jordão e marca cinco anos de programação regular da Capivara Azul – Associação Cultural, através do ciclo de música independente EGO, que tem trazido a Guimarães artistas que nunca antes tinham passado pela cidade, sobretudo na área da música electrónica.

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