Mónica Silva

Por Rui Dias.

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Nome
Mónica Filipa Magalhães da Silva

Data de nascimento

10/04/2000

Naturalidade
Guimarães

Profissão
Estudante/atletaDecorriam os primeiros dias do século XXI, quando a maior parte de nós ainda não se tinha habituado a escrever “2000” em vez de “1999”, quando nasceu em Guimarães Mónica Silva. A garota da geração a que agora se chama millennial é, já, mais do que uma promessa do atletismo vimaranense e português.

O desporto sempre fez parte da sua vida. “Ainda no infantário, lembro-me de andar na piscina e de fazer karaté”, relembra Mónica. O gosto não vinha da família que não era de gente desportista, mas a realidade é que nunca parou de experimentar.

Fez dança, ballet, jogou ténis e até fez uma passagem pelo futebol. As aulas de educação física eram as suas favoritas, embora confesse que os resultados no desporto escolar não foram nada de especial. “Participava nos corta-matos da escola mas a classificação não era nada de jeito, mas gostava de participar” reconhece com humildade.

Claro que tudo isso foi antes de ter sido descoberta por um treinador de atletismo do Unidos do Cano, o primeiro clube que representou. “Andava a brincar com os meus amigos, a jogar à bola ou outra coisa qualquer em que tínhamos que correr e ele viu-me e veio ter comigo. Disse-me que tinha perfil e perguntou-me se eu não queria treinar. Claro que aceitei!”

Fala com carinho dos primeiros tempos no Unidos do Cano, “ajudaram-me muito”, afirma. Sempre com simplicidade, lembra a inexperiência com que abordou a primeira prova em que participou, poucos dias depois de ter começado a treinar a sério. “Cheguei lá e arranquei logo na frente, dei tudo e rebentei, depois fui sendo passada e fiquei em último”, ri-se.

Mas isso eram outros tempos, agora Mónica Silva, representando o Vitória SC, é vice-campeã nacional (sub23) de 10 km estrada e participou no último Campeonato da Europa de Corta Mato, representando a equipa portuguesa. A época, que agora foi interrompida, estava a começar da melhor forma, além destes resultados fez um 2º lugar nos 3 mil metros , no Campeonato Nacional Universitário e na São Silvestre de Lisboa foi quinta classificada na geral, e primeira classificada entre as juniores.

Ricardo Ribas, o treinador, sublinha a juventude da atleta e o grande futuro que tem pela frente.

Estes resultados são ainda mais importantes quando se trata de uma atleta muito jovem, com uma vida pela frente, sublinha o maratonista olímpico e agora treinador Ricardo Ribas. O treinador realça a forma como Mónica conjuga o treino com a vida académica. Um dia típico começa às 6h30 para treinar até às 7h30 e ter tempo de comer e estar nas aulas às 9h00. Como estuda desporto, muitas vezes, as aulas implicam mais carga física. Durante a tarde descansa e estuda para as disciplinas teóricas. Ás 18h30 tem, de novo, as sapatilhas calçadas e faz-se à estrada ou à pista.

A dedicação é tanta que contagiou o pai, “que até era gordinho”, em vez de ficar a ver começou também a treinar. Agora já treina também o tio e o primo. Tem uma palavra de carinho para a mãe que durante o inverno, logo de manhã, ia fazer caminhadas, “apenas para eu não ir treinar de noite sozinha”. Lembra também o papel importante da mãe na alimentação, “sem ela não era possível”.

Quando o jornalista fala de sonhos, responde: chegar ao topo. Mas o que é o topo? Compreende-se o cuidado, o caminho é longo e difícil e Mónica sabe que muitos não chega lá. Depois de alguma insistência reconhece que o topo são os Jogos Olímpicos, um sonho legitimo para uma atleta que aos 20 anos tem tantas qualidades.

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