O motorista vimaranense que foi agredido por militares do Destacamento de Intervenção da GNR em Vila das Aves, após o jogo que opôs o Paços de Ferreira ao Desportivo das Aves, contou ao Jornal de Notícias as circunstâncias que levaram às agressões. De acordo com o testemunho de José Sampaio, que disse ter sido obrigado a parar o autocarro que conduzia após as forças policiais terem começado a “bater nas portas e nos vidros do autocarro a todo o gás” com cassetetes, criou-se “uma confusão”: “Saio pela porta do lado esquerdo para dizer aos senhores o que é que se estava a passar e sou logo tratado do piorio”, diz, acrescentando os insultos proferidos e ameaças proferidas pelas forças policias.

O homem acusa os agentes da autoridade de o terem deitado no chão, de o espancarem e de lhe terem partido o braço “de propósito”. Mas as agressões, alega o motorista, não terão parado no que está registado em vídeos difundidos nas redes sociais: “Levaram-me para a carrinha de força de intervenção que se encontrava atrás do autocarro  e dois elementos da GNR, do corpo de intervenção, massacraram-me com cacetadas na cabeça, na cara, morros na cara a todo o gás.” José Sampaio diz ao Jornal de Notícias que a “relação do ex-comandante do Posto da GNR de Vila das Aves nunca foi a melhor com ninguém”. “Ele não se relacionava bem comigo nem eu com ele e isso é o que manda os agentes de intervenção fazer o que fizeram”, acusa.

José Sampaio apresentou queixa contra os guardas, tendo também sido indiciado “pelo crime de resistência e coação sobre funcionário”. A GNR já abriu um processo interno para averiguar as circunstâncias em que se deu a ocorrência.