Município quer “fazer todo o país sentir a importância da Batalha de S. Mamede” através da arte urbana
O Município de Guimarães está a preparar uma estrutura de missão para celebrar os 900 anos da Batalha de São Mamede, que ocorrem em 2028.

ataca-barra
O Município de Guimarães está a preparar uma estrutura de missão para celebrar os 900 anos da Batalha de São Mamede, que ocorrem em 2028.

Tal como já havia sido dito pelo Presidente da Câmara, Domingos Bragança, há o objetivo de, em 2028, se assinalarem os 900 anos da Batalha de S. Mamede, realizando obras que assinalem a efeméride de “forma indelével na cidade e, paralelamente, desenvolver com as comunidades de todas as freguesias do concelho intervenções de arte pública”.
Na reunião de Câmara desta quinta-feira, 15 de setembro, Ricardo Araújo, vereador da Coligação Juntos por Guimarães, mostrou-se descontente, afirmando que o município “devia apresentar já as diferentes Comissões que vão integrar essa estrutura para que pudesse ser votada e apreciada”. Em causa está o facto de ter sido apresentada apenas a Comissão Artística sem ser apresentada a Comissão Científica. “Uma está diretamente ligada com a outra”, justificou.
Paulo Lopes Silva, vereador com o pelouro da Cultura, adiantou que, como há o objetivo da arte pública, optaram por avançar já com esta Comissão Artística “para que se possa começar a consolidar pensamento artístico”. Acredita que esta “será a componente mais abrangente do ponto de vista da envolvência da comunidade e de todo o território”.
O presidente da Câmara Municipal reforçou a ideia ao afirmar que quer que a “arte urbana seja comemorativa em todas as freguesias do concelho”. Neste sentido, Paulo Lopes Silva explicou que há a missão de, “através da arte, chegar a todo o território e constituir aquilo que poderá ser uma rede de arte pública”.
O objetivo das comemorações dos 900 anos da Batalha de S. Mamede tem sido “prioritária”, disse o vereador da Cultura que informou ainda que a comunidade irá ser envolvida “o mais possível”. Pelas freguesias, garante, “não é expectável tratar apenas a Batalha de S. Mamede”, mas também abordar a história de Portugal e o contributo de Guimarães para os 900 anos que se seguiram à tarde de 24 de junho de 1128.
“Fazer todo o país sentir a importância da Batalha de S. Mamede para a fundação de Portugal” é, assim, um mote que não querem esquecer, estando já a ser feito algum trabalho, nomeadamente em torno da própria Feira Afonsina e das Jornadas Históricas.
A Comissão Artística será constituída pelo vereador com o pelouro da Cultura, cargo atualmente ocupado por Paulo Lopes Silva, Isabel Fernandes, diretora do Paço dos Duques de Bragança e do Museu de Alberto Sampaio, Jorge Correia, professor associado e vice-presidente da Escola de Arquitetura da UMinho, Marta Mestre, diretora artística do Centro Internacional das Artes José de Guimarães, Susana Gaudêncio, professora adjunta da Escola de Arquitetura, Arte e Design da UMinho, Ricardo Areias, presidente do Centro para os Assuntos da Arte e Arquitetura, e Helena Pires, Professora Associada do Departamento de Ciências da Comunicação do Instituto de Ciências Sociais da Universidade do Minho.
À Comissão Artística e à Comissão Científica, irá juntar-se a Comissão de Honra.