“Esta obra inscreve-se num processo de resistência a partir do kuduro em ambiente de guerra, conta, no fundo, como é que o kuduro possibilitou um processo de resistência e de formação de comunidade, a partir das artes e da cultura. É uma obra exuberante do ponto de vista físico, mas também tem um enorme lado poético na construção de um processo que agrega o ser humano em contexto adverso”, explicou ao Mais Guimarães Rui Torrinha, diretor artístico e programador do Centro Cultural Vila Flor.

Durante a guerra civil de Angola, o kuduro foi uma música e uma dança marginalizada por muitos, mas adorada pelo povo. Em palco vão estar quatro bailarinos e são eles que vão contar a história, através da dança. “O Fábio traz as suas raízes, mas também um foco de esperança de que como as artes e a cultura podem estar na linha da frente num processo de resistência”, disse ainda Rui Torrinha.