Não há distância que separe o amor dos que partilham natais

Por Eliseu Sampaio.

Eliseu sampaio

Por Eliseu Sampaio.
Como o tempo nos escorrega pelos dedos deixando em nós apenas a impressão da sua passagem, e uma sensação de leve corrente que nos leva os dias. Frios, mornos ou um pouco mais escaldados, vão deambulando por aqui com intensidade própria e pouco dispostos a interferências nossas. Da vida pressentimos rédea pouca. Vai-se ela escorrendo com pressa, em demasiada pressa.

É natal. Pedimos que o tempo pare ou, pelo menos, que nos corra mais devagar para que possamos desfrutar deste momento de reencontros, do reencontro com quem fomos, somos e ambicionamos ser. Queremos viver o Natal intensamente, por ser sempre tempo de sentimentos fortes, por ser sempre tempo que nos cunha, eternamente.

Como recordar este natal de 2020?

Possuímos, genuinamente, uma predisposição para nos adaptarmos às situações mais inesperadas. Este ano 2020 foi em tudo isso, inesperado, mas deu-nos a possibilidade de explorarmos caminhos novos, de ultrapassarmos barreiras que nem julgávamos sequer existirem.

Quando perspetivamos este natal imaginamo-lo com limitações várias, com distância, e um claro afastamento dos maravilhosos natais que já vivemos.

Se há um ano imaginássemos 2020 assim, certamente consideraríamos que não conseguiríamos aguentá-lo. Mas estamos aqui, firmes, com algumas manchas negras pelo corpo das pancadas que levamos, mas convictos de que o que não nos leva torna-nos mais fortes.

Façamos deste natal um natal memorável! Um natal em que ao olharmos para dentro encontramos todos os que nos querem bem, aqueles que mesmo não estando ali, sentados à nossa mesa, brindam connosco e com a mesma alegria de sempre.

Porque não há distância que separe o amor dos que partilham natais.

“Em cada estrela sempre pomos a esperança
De que ela seja a mensageira,
E a sua chama azul encha de luz a terra inteira.
Em cada vela acesa, em cada casa, pressentimos
Como um anúncio de alvorada;
E ein cada árvore da estrada
Um ramo de oliveira;
E em cada gruta o abrigo da criança omnipotente;

E no fragor do vento falas de anjos, e no vácuo
De silêncio da noite
Estriada de súbitos clarões,
A presença de Alguém cuja forma é precária
E a sua essência, eterna.

Natal… Natais…
Tantos vieram e se foram!
Quantos ainda verei mais?”
– Cabral do Nascimento, em ‘Cancioneiro’.

A equipa do mais Guimarães deseja-lhe um feliz natal, em família.

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