No meio “da alegria e da felicidade” sentida após o final do encontro frente ao FC Gaia, que ditou a confirmação da presença do Vitória na primeira divisão do andebol nacional no próximo ano, a manutenção “é um alívio enorme” depois de uma temporada “muito dura, muito exigente e com muitos percalços” sublinhou José Diogo Silva.

Viver o empate decisivo diante do clube gaiense das bancadas “foi muito difícil. Estivemos bem, fizemos um bom jogo e na última fase quebramos fruto dos fantasmas que todos tínhamos por trás. Mas soubemos ser Vitória, soubemos acreditar até ao fim e nunca baixamos os braços” explicou o responsável pela modalidade.

A receita para alcançar o objetivo foi “a construção de um grupo forte com mentalidade de Vitória e, acima de tudo, com muito trabalho, dedicação e sacrifício. Foram 16 jogadores e não sete. Esse também foi o segredo”, vincou.

Numa estreia no primeiro escalão que revelou ser “muito difícil a todos os níveis”, o vimaranense enalteceu o grupo de trabalho mas também o apoio de “todos, não só dos adeptos mas também da estrutura e da equipa no dia a dia. Todos sentimos que o clube acreditou em nós e conseguimos corresponder a essas expetativas.”

Todavia, José Diogo Silva destacou o apoio “fantástico” dos adeptos nos jogos em casa, em que “tivemos um pavilhão muito bem composto. Este foi o culminar de uma grande época e os adeptos viveram isso. Estamos muito contentes porque sabemos que podemos contar com eles.”

O objetivo da presente temporada esteve em perigo após uma primeira volta que “excedeu as expetativas”. O responsável do andebol sabe que os adeptos “querem o Vitória sempre lá em cima, mas estávamos conscientes de que seria uma época muito difícil. O que os jogadores fizeram na primeira metade da época fizeram-nos sonhar e talvez essas expetativas não nos favoreceram, porque depois não tivemos o foco para continuar a trabalhar, pensávamos que estava tudo resolvido.”

Apesar da difícil temporada, José Diogo Silva considera que o Vitória “não merecia a forma como foi empurrado para a fase de descida e também não merecia que não tivesse a manutenção garantida depois dos três primeiros jogos.” A fase final da temporada “foi uma montanha russa de emoções” mas, acima de tudo, a manutenção é o sucesso de muita gente como o Eduardo Fernandes (antigo treinador dos conquistadores), do José Sampaio (atual técnico) e muitas pessoas que andaram à nossa volta e que nos deram sempre todo o apoio necessário. Fizeram-nos acreditar que era possível.”