Nuno Vaz Monteiro: “O país só tinha a ganhar com a estabilidade de um Governo à direita”

Nuno Vaz Monteiro, presidente da concelhia de Guimarães do partido Chega diz que o resultado alcançado nas Eleições Legislativas do passado domingo, dia 10 de março, foi só "surpreendente" para alguns. O Chega quadriplicou o número de deputados pelo distrito, passando de um para quatro, e na Assembleia da República, de 12 para 48 deputados.

© Mais Guimarães

Durante a campanha, adianta o dirigente ao Mais Guimarães, “à medida que aumentava o apoio das pessoas, diminuíam os insultos, que são recorrentes nas nossas ações. Agora, com este resultado, vamos trabalhar e mostrar que somos realmente diferentes dos outros”.

Nuno Vaz Monteiro, que foi sétimo na lista do Chega pelo distrito de Braga, diz  que tem sido “agradável ver as pessoas a felicitarem-nos, algumas que nem contávamos que fossem eleitores do nosso partido. E tem sido desagradável, por outro lado, ver a azia com que muita gente está nas redes sociais por causa da eleição de 48 deputados do partido Chega”. No entanto, acrescenta “contávamos chegar aos 50, o que seria um marco nos 50 anos em que celebramos abril“.

Por falar em abril, atira o presidente da concelhia do partido, “é também engraçado como somos tratados muitas vezes pela Comunicação Social e pelas Associações, como foi o caso em Guimarães da Associação Artística Vimaranense que convidou todos os partidos e não nos convidou para falarmos do nosso programa antes das eleições. Aqueles que batem no peito e falam do 25 de abril como liberdade e igualdade, afinal fazem censura perante o Chega”, acusa Nuno Vaz Monteiro.

O dirigente diz que o resultado do partido foi apenas “surpreendente para alguns, não para todos” e que espelha “50 anos de democracia que não trouxe nada de bom aos portugueses. Se compararmos com o resto da Europa, vemos os países a crescerem e a desenvolverem-se e Portugal sempre na cauda, de mão esticada”. Por isso “este é o resultado dessas políticas”, defende.

A nível distrital, o Chega subiu de um para quatro deputados, e isso está em linha com o que o partido conseguiu a nível nacional, quadruplicando o número de deputados, e isso é “resultado de um excelente trabalho que vínhamos fazendo, quer a nível distrital, quer nas concelhias”.

© Chega

Nuno Vaz Monteiro não quer ver os votos no Chega como votos de protesto: Não nos consideramos um partido de protesto, não queremos que este tenha sido um voto de protesto. Somos um partido que vem trazer alternativa, que vai fazer política pelo povo e não pelo partido, pelos amigos ou pelo compadrio”, acusa.

“Temos o benefício da dúvida, até prova em contrário, somos inocentes, há que nos dar oportunidade”.

Questionado sobre um possível entendimento entre o Chega e a AD – Aliança Democrática, Nuno Vaz Monteiro diz que essa é a “parte mais difícil”, e explica que “nunca consegui entender, e ninguém me conseguiu explicar até hoje o porquê de ser bem aceite uma geringonça com aquilo que é a extrema-esquerda portuguesa, junto do partido comunista”, ou do Bloco de Esquerda, e “qual o problema de governar com o Chega? Nós não temos qualquer responsabilidade naquilo que se tornou o país, nós somos o resultado, provavelmente, daquilo em que se tornou o país, a política em Portugal”.

Nuno Vaz Monteiro refere que o país “só tinha a ganhar com isso, com o IL – Iniciativa Liberal – ou sem, porque também são democratas que dizem que connosco não, o país só tinha a ganhar com a estabilidade de um Governo à direita, podendo fazer-se uma governação estável, por quatro anos, e realmente fazer as reformas que o país precisa. Não acontecendo, e devido a estas linhas vermelhas, neste espírito antidemocrático, este país vai perder”, vaticina o dirigente.

No entanto, adianta, essas linhas são colocadas por Luís Montenegro e pela direção nacional do PSD, já que, “em contactos que vamos tendo com elementos do PSD locais, na Assembleia Municipal ou autarcas do PSD, dizem-me que “gostavam de ver uma aliança para arrumar com a esquerda, acabar com o socialismo, e fazer uma governação e as reformas estruturais que o país, de facto, precisa”, termina.

 

 

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