“O Seth foi o meu amigo de vida”

Durante mais de 14 anos, Seth foi a fiel companhia de Alfredo Ribeiro. Na altura, a viver em Faro, surgiu a oportunidade perfeita para adquirir aquele que viria a ser o companheiro de uma vida.

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Durante mais de 14 anos, Seth foi a fiel companhia de Alfredo Ribeiro. Na altura, a viver em Faro, surgiu a oportunidade perfeita para adquirir aquele que viria a ser o companheiro de uma vida.

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“Não fui eu que o escolhi, mas sim ele que me escolheu a mim”, contou à Mais Guimarães, explicando que na visita que fez estavam lá outras duas cadelas, irmãs de Seth, mas foi ele que deu o primeiro passo. Já que “as outras duas irmãs eram completamente doidas e o Seth não se dava muito com elas”, Alfredo não teve dúvidas quando a criadora o questionou sobre qual queria levar para casa.

Com apenas três meses, foi batizado com o nome Seth por dois motivos: foi o sétimo da ninhada e em alusão ao rei grego Seth. Ao contrário dele, era o oposto do caos e da maldade.

“Viajou no nosso jipe até casa e o mais curioso é que ia todo imponente no banco de trás”, recordou, visivelmente emocionado.
Chegado a casa, o jovem Golden Retrivier sentiu “algum receio porque era um ambiente novo”, mas logo encontrou uma Labradora à sua espera, apenas um ano mais velha. Com o cair da noite, refugiou-se no quarto de Alfredo.

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“São pessoas, às vezes mais do que algumas”

Dócil, simpático e fiel, o Golden Retrivier tinha muitas outras características que não deixavam ninguém indiferente à sua passagem. Na verdade, tinha um grande histórico de locais visitados até porque se não pudesse entrar, os locais eram automaticamente “riscados da lista” de Alfredo.
Dono e patudo mudaram-se para Guimarães faz quase quatro anos. Além de ser uma estrela na praça da Oliveira e na cidade-berço em geral, Seth era sempre bem recebido nos serviços municipais e em outros estabelecimentos comerciais, locais onde tinham sempre à sua espera “um docinho”. Segundo conta Alfredo, Seth fazia ainda mais furor ao lado das senhoras às quais a sua simpatia não passava despercebida.

Coincidência ou não, um dos únicos locais da cidade que não permitia a presença de Seth no seu interior acabou por fechar portas passado cerca de dois meses da abertura.

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A 26 de maio de 2022, a completa desorientação dentro de casa fazia prever que algo não estava correto. Momentos mais tarde, Seth, que já estava diagnosticado com cancro pulmonar, acabou por falecer vítima de um AVC, com 14 anos e meio de vida.

Lembra ainda com gratidão a cama oferecida nos últimos dias de vida, que nunca chegou sequer a estrear, por Simone Barros, viúva de Neno. Foi um ato de “muito amor e carinho da parte dela” e vou sempre lamentar “não a ter avisado no momento em que as coisas se deram. Foi bastante complicado”, admitiu, acrescentando que “o Seth também era o menino dos olhos da Simone Barros”.

Considerando-o como o seu “amigo de vida”, Alfredo Ribeiro confirma que se trata de uma dor que não cabe no peito. “Quando me dizem que devia arranjar outro, a minha resposta é: nem sete, nem oito, nem nove, nem vinte”, esclareceu.

Para trás ficam muitas histórias de companheirismo, a certeza de que foram uma das peças principais da vida um do outro e que o amor entre os dois não se pode medir.
Questionado sobre que lugar podem ocupar os animais na nossa vida, Alfredo Ribeiro não deixa margem para dúvidas: “São pessoas, às vezes mais do que algumas”.

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