“O setor cultural português poderá sofrer danos irreparáveis”, diz estudo da UMinho
O estudo revela também que “o papel dos serviços, organismos e entidades da administração direta ou tutelados pelo Ministério da Cultura em alguns casos se consubstanciou numa atitude passiva e inoperante”.


As organizações culturais os profissionais do setor preveem uma “situação dramática” para 2020. Esta é uma das conclusões retiradas pelo estudo “Impactos da Covid-19 no setor cultural português”, de Manuel Gama, investigador do Centro de Estudos de Comunicação e Sociedade (CECS) da Universidade do Minho (UMinho) e coordenador do seu Observatório de Políticas de Comunicação e Cultura (POLObs). O estudo conta ainda com Rui Vieira Cruz, Daniel Noversa e Joana Almada, que constituem uma “equipa multidisciplinar”. A investigação acontecerá até março do próximo ano. Através do POLObs, o estudo propõe-se a medir os efeitos da pandemia no setor cultural. A análise iniciou-se em março, tendo como base um inquérito realizado a 144 profissionais e organizações do setor.
O estudo debruçou-se ainda sobre a cobertura mediática da cultura no contexto da pandemia causada pela covid-19. Assim, e numa primeira fase de investigação, concluiu-se que existe um “número reduzido de referências explícitas à cultura” na amostra analisada, que incluiu “jornais nacionais e de municípios e entidades intermunicipais”. Para além disso, explicou o investigador através de comunicado, existe um “nítido predomínio do enfoque nos impactos negativos” no conjunto de artigos analisado.
O estudo revela também que “o papel dos serviços, organismos e entidades da administração direta ou tutelados pelo Ministério da Cultura em alguns casos se consubstanciou numa atitude passiva e inoperante”. “Se não forem tomadas medidas urgentes, substantivas e estruturantes, o setor cultural português poderá sofrer danos irreparáveis fruto da pandemia”, lê-se no comunicado, que acrescenta: “No final de 2020 poderemos assistir, não só a um agudizar da precarização, como a um incremento no desemprego de profissionais do setor cultural que tinham contratos de trabalho.”
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