O Vitória SC e a sua visão de mercado: Análise das últimas épocas

A política de transferências do Vitória Sport Clube, sob a liderança de António Miguel Cardoso, tem evidenciado um novo paradigma, que trouxe mudanças significativas e melhorias ao clube e à sua equipa de futebol.

© Joel Ferreira

Aposta em Jovens Talentos de Divisões Inferiores

Um dos pilares da nova política de transferências é a aposta em jovens jogadores provenientes de clubes de divisões inferiores. Estes jogadores demonstraram um grande potencial nos seus clubes anteriores, e o Vitória tem investido neles na expectativa de crescimento e afirmação. São exemplos Jota Silva, Manu Silva e Zé Carlos, enquanto que Telmo Arcanjo e José Bica têm qualidade para serem mais valias no futuro próximo.

Todos estes jogadores chegaram ao Vitória após épocas de forte desempenho nos seus clubes, mostrando uma capacidade de adaptação e crescimento que se tem revelado valiosa para a equipa.

Contratação de Jogadores Experientes

Outro eixo fundamental é a contratação de jogadores com vasta experiência na Primeira Liga, sejam portugueses ou estrangeiros. Este grupo pode ser dividido em dois segmentos:

Jogadores Nucleares de Equipas Adversárias:

A contratação de jogadores essenciais para os adversários do Vitória não só fortalece a própria equipa, como também enfraquece a concorrência. Mikel Villanueva, João Mendes (médio) e Samu são exemplos de aquisições que se enquadram nesta estratégia.

Recuperação de Talentos com Experiência em Portugal

Jogadores que já passaram pela Primeira Liga e deixaram boas impressões são recuperados para reforçar a equipa. Anderson Oliveira, Tomás Ribeiro e Nuno Santos são exemplos de jogadores que regressaram ao futebol português através do Vitória, trazendo consigo uma experiência valiosa.

Investimento Estratégico

O investimento em jogadores bem conhecidos na Primeira Liga, embora arriscado devido à situação financeira do clube, tem sido outro eixo da política de transferências. Jogadores como André Silva, Ricardo Mangas, Allison Safira e Butzke foram contratados com base no seu conhecimento do futebol português. Destes, André Silva e Ricardo Mangas destacaram-se pela sua rápida afirmação na equipa, enquanto Butzke foi a única aposta que não deu os frutos esperados.

Empréstimos de Jogadores Estrangeiros

Os empréstimos de jogadores que não conhecem a Liga Portuguesa têm sido uma aposta mais arriscada, frequentemente com resultados menos positivos. Antonín, Ogawa e Kaio César são exemplos de jogadores que não corresponderam às expectativas, embora Kaio César tenha nova oportunidade esta época. Uma exceção notável foi Michael Johnston, cujo desempenho foi positivo, apesar de ser claro desde o início que o Vitória não teria a possibilidade de mantê-lo após o empréstimo.

Aposta na Formação em decrescendo

Apesar dos sucessos, a política de transferências tem recebido críticas pela falta de aposta em jogadores da formação. Nos últimos três anos, poucos jovens jogadores se afirmaram na primeira equipa. Dani Silva e Afonso Freitas foram os únicos a aproximar-se desse objetivo em 2022, e em 2023 não houve novos talentos a destacar. Espera-se que 2024 traga uma inversão desta tendência.

A política de transferências do Vitória Sport Clube nos últimos três anos, com uma clara aposta na experiência e no conhecimento do futebol português, tem gerado resultados positivos, incluindo consecutivas qualificações para competições europeias e um recorde de pontos numa única época. No entanto, o clube deve equilibrar esta abordagem com uma maior aposta nos talentos da formação, garantindo assim um futuro sustentável e promissor para o Vitória Sport Clube.

Viva o Vitória!

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