Ocupação hoteleira em Guimarães abaixo das expectativas

Apesar do centro histórico registar uma grande afluência turística, são cada vez menos aqueles que decidem pernoitar na cidade.

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As expectativas das unidades hoteleiras vimaranenses para este verão eram altas. Afinal, vivemos agora o segundo verão pós-pandemia, sem qualquer tipo de restrições associadas. Ainda assim, os hotéis de Guimarães não registam tantas reservas quanto gostariam.

©️ Mais Guimarães

Os meses de maio e abril superaram as expectativas, com a taxa de ocupação rondar os 80 ou 90%. O mesmo não está a acontecer nos meses de verão. Apesar do centro histórico registar uma grande afluência turística, são cada vez menos aqueles que decidem pernoitar na cidade. Pelo contrário, os turistas preferem apostar nas cidades de Braga, Porto e Viana do Castelo e, durante o período de férias, fazem pequenas viagens a Guimarães apenas para conhecer os monumentos, cingindo-se às grandes atrações contempladas nos mapas turísticos. Ficam muitas vezes por explorar os pratos tradicionais e os recantos de quem se atreve verdadeiramente a conhecer a cidade.

O Mais Guimarães auscultou várias unidades hoteleiras locais, localizadas em diferentes pontos da cidade, que confirmaram que as reservas estão muito aquém do esperado.

“Agora começamos a sentir mais afluência, mas a primeira semana efetivamente foi muito fraca comparativamente ao ano anterior”, começou por explicar a diretora comercial.

©️ Mais Guimarães

A responsável aponta vários motivos para o “decréscimo muito acentuado da procura” sentido desde a segunda quinzena de junho, nomeadamente o surgimento de mais unidades hoteleiras, a falta de atratividade da cidade aos olhos dos turistas ou mesmo a procura por destinos internacionais.

Na sua opinião “Guimarães já teve um impacto maior nos turistas”, que pode ser justificado pela “falta de divulgação dos eventos que acontecem na cidade”, mas também pela procura de destinos mais acessíveis. Também o aumento do custo de vida tem um forte impacto no setor, o que leva a que algumas famílias optem mesmo por suprimir as habituais férias de verão.

“Neste momento não conseguimos sequer chegar aos 50%, mas esperemos que melhore até ao final do mês”, finalizou.

Viajamos até ao centro da cidade e deparamo-nos um cenário um pouco mais animador. Duas unidades hoteleiras com preços bem distintos para o consumidor apresentam taxas de ocupação superiores a 50%, mas pouco comparáveis com a realidade vivida nos anos anteriores.

“Honestamente, para agosto ainda não temos qualquer tipo de previsão. Temos tido uma primeira semana do mês bastante movimentada. Se se mantiver a corrente do início do ano, este verão ficará um pouco atrás do previsto”, explicou a diretora comercial de uma outra unidade hoteleira.

Por outro lado, os apartamentos têm registado uma procura superior, com taxa de ocupação de cerca de 80%. Ainda assim, permanece mais baixa do que nos meses de maio e abril. Ao contrário das expectativas, o fim de semana da Feira Afonsina “acabou por ser dos piores”. “Foi, aliás, o que tivemos pior taxa de ocupação”, explicou a direção da empresa responsável pelo aluguer de apartamentos.

Apesar de Guimarães continuar a ser uma cidade atrativa para os turistas no verão, reitera que “há pouca divulgação dos eventos da cidade” e que, por vezes, “nem as pessoas de cá chegam a saber”.  A cidade de Vila do Conde é uma das que acredita ser um exemplo a seguir, quer pela diversidade de eventos culturais que oferece, quer pela boa divulgação dos mesmos.

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