Onda de protesto marca inauguração do centro cívico das Caldas das Taipas

Dezenas de pessoas demonstraram o seu descontentamento com a requalificação do centro da vila ao som de apitos.

© Leonardo Pereira/ Mais Guimarães

A inauguração do centro cívico das Caldas das Taipas, realizada na manhã desta segunda-feira, dia 24 de junho, ficou marcada por uma onda de contestação dos taipenses e comerciantes. A comitiva do município de Guimarães foi recebida com apitos e tarjas com mensagens de contestação pelo resultado final da obra.

No início do percurso feito no âmbito da inauguração, um popular intercetou Domingos Bragança para falar sobre aquilo que considera ser alguns problemas estruturais e de detalhes junto à igreja da vila. Mais à frente, uma comerciante alertou o presidente do município para os prejuízos daquela requalificação para o seu comércio, apontando problemas de estacionamento para as cargas e descargas de produtos. A vimaranense contou que até que “leva multas de estacionamento por isso”.

© Leonardo Pereira/ Mais Guimarães

Mas a onda não se ficou por aqui. Ao passar pela Rua do Reitor Antunes Machado, outros comerciantes interpelaram o autarca pelos transtornos causados pela obra aos seus estabelecimentos. Uma delas, funcionária de uma florista, deu conta que a colocação de pinos para impedir a passagem de automóveis faz com que “as descargas não sejam feitas com a mesma facilidade”. Outra queixou-se que “esta obra não responde às necessidades da vila”. Além disso, coloca em causa uma situação de acidente ou incêndio, em que as autoridades poderão “não conseguir chegar até aqui”, apontou.

© Leonardo Pereira/ Mais Guimarães

Ao longo do centro cívico da vila vimaranense, algumas tarjas destacavam-se com mensagens de descontentamento: “Roubaram-nos a identidade – Jardins, Muros de pedra, Chafariz, WC (Casa de Banho), Capela, Estacionamento…” e “A vila das Taipas está morta”.

© Leonardo Pereira/ Mais Guimarães

Em declarações ao Mais Guimarães, Ângelo de Freitas expressou que “não contava que este projeto estragasse completamente os hábitos e costumes dos taipenses”, apontando “erros e defeitos” tal como “falta de estacionamento, pinos e bancos de costas para o coreto”.

O vimaranense queixa-se que “os lojistas perderam completamente a clientela e algumas lojas fecharam, outras estão mal financeiramente.” Além disso, considera que a obra “foi desajustada” e “não estaria assim se ouvissem o povo. Fiz chegar a ideia de criar uma comissão de acompanhamento da obra.” Contudo, sente que não foi “ouvido.”

Luís Soares, presidente da Junta de Freguesia de Caldelas”, reconheceu que “a manifestação é um direito constitucional consagrado e os políticos devem respeitar e procurar as suas razões. Não fomos indiferentes a algumas situações e não há problema em haver descontentamento. O nosso dever é responder aos problemas dentro dos princípios que defendemos.”

© Leonardo Pereira/ Mais Guimarães

Já Domingos Bragança, presidente do município de Guimarães, quer “resolver os pormenores com diálogo” e tem consciência de que “as obras públicas são sempre controversas”, recordando os trabalhos de requalificação da Caldeiroa e de Rua D. João I. O autarca não quer “uns contra os outros”, mas espera que “estejamos de mãos dadas como vimaranenses.”

 

PUBLICIDADE

Arcol

Partilhar

PUBLICIDADE

Ribeiro & Ribeiro
Instagram

JORNAL

Tem alguma ideia ou projeto?

Websites - Lojas Online - Marketing Digital - Gestão de Redes Sociais

MAIS EM GUIMARÃES