ONU reconhece projeto da UMinho que usa ADN para monitorizar recursos pesqueiros no Atlântico
É um dos 287 projetos selecionados.
![oceano com barra](https://maisguimaraes.pt/wp-content/uploads/2022/11/oceano-com-barra-672x353.png)
Um projeto da Universidade do Minho que usa ADN para monitorizar recursos pesqueiros no Atlântico foi reconhecido pelas Nações Unidas como contributo para os desafios desta Década do Oceano, anunciou a universidade em comunicado.
![](https://maisguimaraes.pt/wp-content/uploads/2022/11/oceano-1024x768.jpg)
Chama-se “DNA-based approaches for fisheries monitoring”, é liderado por Filipe Costa, e junta parceiros de três continentes. Este é um dos 287 projetos de todo o mundo agora endossados pela ONU, que desafia assim a ciência a reverter a degradação do ecossistema marinho e a alicerçar a Agenda 2030.
“Este reconhecimento confirma a relevância de conceber projetos em parceria entre instituições académicas e governamentais responsáveis pela gestão pesqueira, e em concertação internacional, de forma a garantir os objetivos de sustentabilidade socioambiental”, refere Filipe Costa, que é investigador do Centro de Biologia Molecular e Ambiental (CBMA) e professor do Departamento de Biologia da Escola de Ciências da UMinho, em Braga.
O projeto monitoriza ovos e larvas de peixe (ictioplâncton) no Atlântico, algo fulcral para sinalizar épocas e locais de desova, além de inferir a abundância de desovantes e o recrutamento de novos espécimes. Essa identificação rigorosa e eficiente é muito difícil de obter. Por isso, os cientistas vão testar o método “DNA metabarcoding”, que consiste na utilização de códigos de barras de ADN (em analogia aos códigos de barras dos produtos comerciais) e que define para cada espécie uma sequência de bases do ADN que a diagnosticam. Assim, identificar espécies de peixes em amostras de ictioplâncton poderá vir a ser mais rápido e rigoroso, permitindo uma maior frequência temporal e espacial na análise, além de dados abundantes e relevantes na gestão de stocks pesqueiros, considera Filipe Costa.
Globalmente, esta iniciativa do CBMA está integrada no programa Ocean Biomolecular Observing Network (OBON), um dos programas da Década do Oceano que tem por objetivo monitorizar, investigar e compreender a vida oceânica recorrendo à análise de biomoléculas.
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