Oposição teme que futuro tribunal não se adeque a “diferentes realidades e dinâmicas”

Vânia Dias da Silva, vereadora da coligação "Juntos por Guimarães", mostrou preocupação com a demora do futuro Campus da Justiça, temendo que seja "necessário outro projeto".

© Eliseu Sampaio/ Mais Guimarães

Na reunião do executivo realizada esta segunda-feira, dia 22 de abril, a vereadora do CDS demonstrou o seu receio de, “quando levarmos para o terreno as obras do Campus da Justiça, haver diferentes realidades e dinâmicas e que seja necessário outro projeto. O novo Governo terá de analisar o processo e perceber se ainda é útil”, aponta.

Vânia Dias da Silva teceu uma crítica ao município, em que sublinhou que “em Guimarães temos o defeito de fazer projetos que nunca se concretizam, e quando chega ao momento da concretização já estão desatualizados.”

O tema foi colocado em cima da mesa após o juiz presidente do Tribunal Judicial da Comarca de Braga ter defendido, no “Relatório Anual da Comarca Judicial de Braga” relativo a 2023, que o Juízo Central Criminal de Guimarães deve ser transferido temporariamente para, devido às atuais condições infraestruturais do Juízo Central Criminal de Guimarães.

A vereadora da oposição alertou que é preciso “encontrar uma resposta rápida e boa em Guimarães”, caso contrário “corremos o risco de ver estes juízes serem transferidos definitivamente para o tribunal de Famalicão.”

Em resposta à vereadora da oposição, Domingos Bragança, presidente da Câmara Municipal de Guimarães, reiterou que “o trabalho (com o Campus da Justiça) está feito” ao repetir que “foi aprovado pelo anterior Governo em maio de 2023.” Para o autarca, importa, acima de tudo, que o “atual Governo dê seguimento ao projeto, finalize e leve a obra a concurso.”

O Palácio da Justiça não consta da pasta de transições do atual Governo mas isso não causa preocupações ao edil. O autarca considera que a ausência do projeto do documento “não significa nada, porque importa sim a deliberação do Conselho de Ministros. Era à anterior ministra da Justiça (Francisca Van Dunem) a quem competia fazer constar o Campus da Justiça na pasta de transição, não ao ex-primeiro ministro porque não pode estar em todo lugar.” O edil frisa que “seria mais justo para  Guimarães” que o projeto estivesse incluído no documento, mas ressalva que a antiga ministra da Justiça “nunca deixou de avançar com os trabalhos do projeto.”

Criticado por Vânia Dias da Silva em relação a este tema, Domingos Bragança clarifica que foi o próprio que “levantou a necessidade do Campus da Justiça como uma necessidade imperativa em 2015 sem ninguém colocar a questão na agenda política” à semelhança da “necessidade do novo edifício” do hospital da Unidade Local de Saúde do Alto Ave: “Se não o fizermos, há possibilidade de vermos várias valências do hospital terem de sair de Guimarães”, alerta.

Com esperança de que “não haja nenhum revés” na construção do Campus da Justiça, o presidente do município de Guimarães adiantou que falou com a nova ministra da Justiça, Rita Júdice, para lhe “dar um contexto do projeto” e disponibilizou-se a reunir com ela se necessário. Domingos Bragança ainda esclareceu que não obteve resposta, visto que o contacto foi estabelecido “há pouco tempo.”

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