Ora bem…
Por Ana Amélia Guimarães.
por Ana Amélia Guimarães Professora
Este é o último artigo antes das eleições autárquicas de 26 de setembro. Quem me estiver a ler já deve ter ligado o aviso de «lá vem propaganda…». Não será o caso, acho.
Costumamos ouvir dizer que nas eleições autárquicas o que importa são as pessoas e não os partidos. É uma discussão que merece atenção mas não será por aí que vou. Ninguém duvidará da vontade das pessoas que constituem as listas dos diferentes partidos democráticos, em «fazer o melhor pela sua terra». Penso, no entanto, que o nome e a pessoa se revelam no projeto e na prática demonstrada.
O poder autárquico (ainda sem a Regionalização) é uma conquista de Abril, consagrada na Constituição, e ao qual se deve muito do bom que o país tem. Neste particular, há a sublinhar aquilo a que se chama a «marca CDU» nas autarquias. Uma marca que se pautava, e pauta, pelo ordenamento do território, pela realização do saneamento básico, pela proteção do património histórico e natural, por soluções de mobilidade, pela democratização cultural…
O que digo, resumindo, é que não chegamos cá hoje e que temos um projeto autárquico que nos dá confiança e entusiasmo para um presente melhor e um futuro de possibilidades.
E é com esse património de confiança e entusiasmo que me revejo na candidatura de Mariana Silva à Câmara Municipal de Guimarães e de Torcato Ribeiro à Assembleia Municipal. Conheço ambos, lutamos juntos, são do melhor que Guimarães tem! Permitam-me o ponto de exclamação. Uma palavra também para o mandatário da CDU, Rui Afonso. Um jovem artista – músico -, independente, e que ao aceitar ser mandatário da CDU honrou com o seu nome o indelével sopro de liberdade e fraternidade de Abril que ousamos transportar.
DOIS TÓPICOS, tudo vago e em cima das eleições…
1.“É um modelo em que propomos construir através de construtores privados, mas que depois as casas são adquiridas por nós e lançamo-las à venda por um preço completamente controlado, definido logo no concurso”, quem o diz é o senhor presidente Bragança em resposta ao problema de habitação em Guimarães.
O que é preço controlado? Nada sobre o assunto. A qualidade da construção, quem controla? Nada se diz, nada se acautela. Qual o valor para tipologias T1, T2 e T3? Não sabemos. E quem não puder comprar mesmo que controlado? Para esses…
Lembram-se da Casfig? Nestes concursos, controlada terá de ser a Câmara e muito…
2. No anúncio de soluções para a mobilidade de Guimarães, ouvimos que “Na EN 105 (Guimarães – Sto Tirso) o espaço canal surge condicionado pelas habitações e pelos serviços, não permite a duplicação de vias (…)”. Porquê? Porque ao longo de mais de 30 anos de governação PS, para além de nada ter sido feito para a reorganização do território, permitiram, os sucessivos executivos PS, que se fosse construindo ad hoc. Como alternativas temos isto: “a coordenação do serviço ferroviário com a linha de Braga, com a conexão reforçada a Guimarães, em Lousado, e a introdução de uma cadência de 20 minutos, o que permitiria um aumento dos 16 serviços diários para 54, sem incluir os serviços de longo curso”. Ir a Lousada para chegar a Braga, no século XXI? Usar a mesma rede de há mais de 100 anos?
Entretanto, nada de linha ferroviária/metro de superfície Guimarães-Braga. O que aqui se vê, mais uma vez, são remedeios, remendos. E insistem no sistema BRT ( nome para autocarro rápido). Mais poluente, menos confortável, mais complicado para transportar bagagem, nomeadamente, bicicletas. A Câmara andou anos para fazer o nó de Silvares e agora resolverá tudo com receitas antigas mas maquilhadas: autocarros, autocarros e a mesma linha de comboio de sempre. Tanto alarido para tão pouco. Que assuma, neste últimos 30 anos apenas contribuiu para o caos do (des)planeamento regional.
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