OS JOVENS, A INDÚSTRIA E ENGENHARIA TÊXTIL

NOÉMIA CARNEIRO

noemiacarneiro

por NOÉMIA CARNEIRO

Durante muito tempo, demasiado tempo, a atratividade pela carreira de Engenheiro Têxtil decresceu assustadoramente entre os jovens e o número de admitidos no primeiro ano esteve claramente abaixo do número máximo de trinta possíveis. A resposta do Departamento de Engenharia Têxtil foi perseverante, teimosa e otimista, até que os números de candidatos dos dois últimos anos indicaram claramente que a situação poderia ser revertida. Reabriu o curso em regime diurno, manteve-se a oferta em regime pós-laboral e as admissões no primeiro ano mais que triplicaram. É bastante consensual a opinião sobre o elevado potencial de crescimento dos setores tradicionais, até porque indústrias como o calçado, os têxteis ou a cerâmica conseguiram desfazer o mito do seu fim inevitável e até se afirmaram como setores exportadores de grande importância. Para obter esse crescimento sustentado será fundamental ultrapassar as baixas qualificações dos recursos humanos e as deficiências na ligação entre as Universidades e as empresas. Estas últimas necessitam de ser mais produtivas, inovadoras, afirmarem-se com novos produtos e novas marcas, reforçando a sua capacidade organizativa e de gestão. Valorizar o produto e a marca para ser uma indústria moderna, competitiva e internacionalizada é o desafio posto à indústria têxtil. Toda esta mudança só é possível com recursos humanos devidamente qualificados, em quantidade e qualidade, à medida das necessidades reconhecidas pelas empresas em parceria com as Universidades e outras entidades formadoras.

Neste contexto e por todas estas razões, o Departamento de Engenharia Têxtil reivindica vivamente o seu papel de formador de competências para a indústria têxtil, no cumprimento estrito da sua missão e objetivos. Reconquistar o lugar de promotor de desenvolvimento que lhe é devido, ajudar as empresas a subirem a sua cota de confiança, dar aos jovens uma carreira numa indústria reimaginada são os compromissos do Departamento de Engenharia Têxtil da Universidade do Minho perante a comunidade.

A estratégia é portanto unir as pontas dos fios soltos: por um lado conseguir que as empresas reconheçam o valor do conhecimento gerado no Departamento de Engenharia Têxtil e do seu Centro de Investigação, para aumentar o potencial criativo e inovador das empresas e torná-las ávidas dos profissionais saídos dos cursos oferecidos e por outro lado fazer nascer entre os jovens e as suas famílias a ideia de uma carreira atrativa, baseada no progresso expetável dum setor em crescimento. É fundamental sintonizar a política e expetativas do Departamento de Engenharia Têxtil com as necessidades das empresas e os objetivos dos jovens, partilhar os seus recursos, transferir resultados e competências de excelência, assim cumprindo plenamente o mobilizador desígnio de servir a comunidade.

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