Em Guimarães, em particular, sente-se uma dificuldade enorme na alteração de comportamentos, sentindo-se isto no dia a dia, com reflexos reais em momentos de maior fluxo. O exemplo dos caos sempre que o Vitória joga no D. Afonso Henriques é o exemplo máximo do que estou aqui a falar. Se pudessem estacionar o carro na pista de tartan do estádio seria ouro sobre azul para muitos adeptos.

O mesmo acontece com o acesso às lojas do centro da cidade, se tiverem que andar dez minutos já se procuram alternativas. Nestes dois exemplos, se o jogo acontecer no Porto ou Lisboa, ou a loja ficar numa cidade maior a um km de distância, já não há problema.

Alterar comportamentos não é fácil, mas é necessário, e cabe a todas as partes esforçarem-se para que a mudança se dê, com a garantia que seja para melhor. Cabe ao município o esforço e perceber as dinâmicas e necessidades e encontrar soluções, e às pessoas perceberem que a mudança é palavra chave quando falamos de qualquer processo de desenvolvimento.

O Luxemburgo tornou-se, em 2020, oficialmente o primeiro país do mundo com transportes públicos gratuitos, usando autocarros e elétricos, o pequeno país democratizou e incentivou a adoção de outro tipo de mobilidade. O Luxemburgo, que tem o maior número de carros por família na Europa, foi capaz de dar o exemplo.

A medida tem sido um sucesso. Porque não adotar uma solução idêntica na cidade, e com ligação às freguesias que a circundam?
Valerá a pena pensar nisto.