Pais de Afonso e João levam ao Parlamento petição por agravamento de penas em atropelamentos mortais
Os pais do vimaranense Afonso Gonçalves, e João Gago, jovens de 21 anos que perderam a vida em 2024 após atropelamentos com fuga dos condutores, reuniram esta quarta-feira com os grupos parlamentares para entregar uma petição que apela ao agravamento das penas aplicadas em casos de condução perigosa e omissão de auxílio

O objetivo é que o tema seja debatido em plenário. Em comunicado, os progenitores sublinham que esta é uma causa que ultrapassa a memória dos dois jovens. “Trata-se de uma iniciativa que não se dirige apenas aos casos do Afonso e do João, que, infelizmente, nada mais podem beneficiar. Esta é uma causa por todos os que continuam diariamente expostos a este flagelo e pelas famílias que não devem passar pela mesma dor”, afirmam.
Atualmente, tanto o crime de omissão de auxílio como o de condução perigosa são punidos com um máximo de dois anos de prisão ou 240 dias de multa.
Afonso Gonçalves foi atropelado por um táxi que passou um sinal vermelho, a 8 de setembro de 2024, na avenida dos EUA, em Lisboa. O motorista fugiu do local sem prestar assistência. Um mês depois, a 11 de outubro, João Gago foi colhido em Viseu, num acidente em que a condutora também abandonou a vítima.
Ambos os condutores acabaram detidos pela PSP e estão indiciados por homicídio negligente, omissão de auxílio e condução perigosa.