Pais de Nespereira pedem explicações ao padre

Depois de o catequista ter assumido o castigo às crianças, os pais acham que devia ter sido o pároco a procurá-los.

© Rui Dias/Mais Guimarães

Um grupo de pais da turma de crianças, de seis e sete anos, que, no passado sábado, foram obrigadas a ajoelharem-se em cima das mãos, na catequese, em Nespereira, foram, esta quarta-feira, confrontar o padre Francisco Xavier. Ficaram a saber que as atividades estão suspensas até setembro e que o padre está a fazer averiguações.

Os pais estão indignados por o padre não ter tido a iniciativa de os procurar, “principalmente depois de o senhor Francisco [catequista] ter assumido o que se passou”, aponta Telma Lopes. “Era ele, como chefe da igreja, que devia ter vindo até nós, para nos dar uma palavra”, queixa-se Cláudia Pinheiro, mãe de uma menina de sete anos.Para este grupo de pais, era o padre que os devia ter procurado para fazer um pedido de desculpas.

“Mas está a averiguar o quê, se o responsável pela catequese já assumiu publicamente o que aconteceu”, questiona António Magalhães, pai de uma das vítimas. Este pai também coloca em causa as averiguações, já que nem os pais nem as crianças foram ouvidos.”Está a ouvir quem, as catequistas?” – pergunta.

“No momento em que as crianças foram alvo do castigo havia três pessoas adultas dentro da sala e ninguém fez nada”, aponta Sandra Alves, mãe de outra menina de sete anos. Para esta mãe, é fundamental que mude tudo nas aulas de catequese e “que as pessoas responsáveis sejam afastadas” para poder voltar a trazer a filha.

Mal-estar no trabalho para provocar demissões

Na reunião, os pais ficaram a saber que a catequese ficará suspensa até setembro, mas que as comunhões que estavam previstas se realizarão tal e qual. Além dos problemas nas aulas de catequese, o padre Francisco Xavier enfrenta também contestação à gestão que tem feito do Centro Social. É acusado de criar situações de mal-estar no trabalho para levar funcionários, que pretende despedir, a demitirem-se. Uma enfermeira que trabalhou no Centro Social durante três anos e que saiu recentemente, veio colocar em causa o tratamento dado aos utentes. Esta enfermeira fala de pessoas acordadas às cinco da manhã para fazerem higiene.

O padre Francisco Xavier saiu sem falar com o MG.

Pelo jornalista Rui Dias.

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